SAÚDE

Novo conceito de organização nas farmácias chega a Uberaba

Diferente dos Estados Unidos, no Brasil a venda de medicamentos ainda é facilitada, dando abertura à compra de medicamentos fortes sem apresentação de receita médica

Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 20/12/2022 às 11:51
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Prateleiras abarrotadas de variados tipos, cores e tamanhos de caixas de remédios podem estar com os dias contados. Isto porque chegou em Uberaba um novo conceito de organização nas farmácias. Uma tendência que já é comum nos grandes centros. Segundo a farmacêutica, Mona Lisa M. Bevilacqua Dias, o Conselho Federal de Farmácia e profissionais farmacêuticos, vêm levantando a bandeira da promoção à saúde. “Quando se promove a saúde evitamos induzir a auto-medicação, porque, querendo ou não, a exposição visual estimula o consumo de medicamentos”. Cada vez mais, proprietários e farmacêuticos estão aderindo à campanha Farmácia: Estabelecimento de Saúde.   A campanha atenta para o seguinte raciocíni muitas pessoas morrem aguardando atendimento na rede pública. E aquele cidadão que precisa apenas de um curativo, verificar a pressão e o controle de diabetes, ou mesmo se os medicamentos que vêm tomando estão tendo o efeito que deveria? Ao invés de esperar na fila por um mês ou mais, a sugestão é que as farmácias passem a oferecer esses serviços com o acompanhamento de um farmacêutico profissional, habilitado e apto a oferecer essa assistência, fazendo com que a farmácia transforme-se em um estabelecimento de saúde e distancie sua ligação apenas com o consumo de remédios. A farmacêutica Mona Lisa ainda destaca que, diferente dos cosméticos, medicamentos como Captopril, para pressão alta, não é algo que se consuma por vontade do paciente, ele deve ser receitado pelo médico. “Não é um produto considerado visual como o cosmético, que você escolhe na prateleira de acordo com a vontade, como xampu, cremes e maquiagens, então, por que ficar exposto? Além disso, a recomendação do Ministério da Saúde é que mantenha em abrigo contra luz, umidade, calor e, etc, e na prateleira o medicamento fica totalmente exposto a todos estes fatores que podem interferir no efeito do remédio”, explica.   Levantar essa bandeira para a questão da promoção da saúde é fundamental. “O primeiro ponto que deve ser modificado dentro de uma farmácia é: não induzir o uso indiscriminado de medicamentos. Sabemos que se uma pessoa entra em uma farmácia, as gôndolas destacam Neosaudina, Epocler, Benegripe, xaropes e todo mundo faz a sua própria farmacinha, mas é preciso destacar que todo medicamento sofre interação com outros remédios, alimentação e organismo. Se for ao médico, você não tem o hábito de contar que toma anticoncepcional, e mais esse e aquele remédio contra gripe. Você não fala se o médico não perguntar. E existem estatísticas demonstrando que 27% dos casos de internação no Brasil, são por intoxicação de medicamentos, 16% desses vão a óbito. Sem o conhecimento do paciente”. Em comparação a países como os Estados Unidos, onde a fiscalização é mais rigorosa, no Brasil a venda de medicamentos ainda é facilitada, dando abertura à compra de medicamentos fortes sem apresentação de receita médica, quando isso deveria ocorrer. De acordo com a farmacêutica, existem três tipos de classificação de remédios: aqueles que necessitam de prescrição médica obrigando a apreensão da receita, que são os de tarja preta e vermelha; outros, também sob prescrição médica, mas a receita é devolvida ao paciente, e aqueles de consumo “livre”. “Mas, o que as pessoas precisam saber é que medicamento não é produto que se consome por qualquer motivo”, alerta Mona Lisa, quanto aos perigos da automedicação.

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