Entre 1980 e 2007, as chances de a criança sobreviver durante 60 meses após o diagnóstico subiram em torno de 3,5 vezes.
O estudo “Ampliação da Sobrevivência de Crianças com Aids: Uma Resposta Brasileira Sustentável”, realizado pelo Ministério da Saúde, mostra que as chances de sobrevivência de crianças menores de 13 anos que vivem com a doença aumentaram desde o início da epidemia, nos anos 80. Entre 1980 e 2007, as chances de a criança sobreviver durante 60 meses após o diagnóstico subiram em torno de 3,5 vezes. Em 1988, antes da introdução da Terapia Anti-Retroviral de Alta Potência (Tarv), uma criança com Aids tinha cerca de 25% de chance de estar viva após 60 meses. As que foram diagnosticadas no período de 1999 a 2002, após o uso da Tarv, tinham em média 86% de chance. O estudo acompanhou crianças dos 26 estados e do Distrito Federal. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2006 foram identificados 561 casos de Aids em menores de 5 anos. Em crianças nessa faixa etária caiu de 5,5 por 100 mil habitantes em 1986 para 3,1 por 100 mil habitantes em 2006. A médica infectologista responsável pela área de Aids Pediátrica do Hospital Santa Casa de São Paulo, Flávia Almeida, diz que o aumento da sobrevida da criança é o resultado da assistência exemplar oferecida pelo Brasil, com acesso aos melhores e mais modernos medicamentos.