Dados da Secretaria Municipal de Saúde revelam que em 2009 foram confirmados 33 novos infectados por hepatite C e em 2010, subiu para 46. Somente de janeiro a junho deste ...
O vírus causador da hepatite C é transmitido pelo contato com sangue contaminado e através do ato sexual sem proteção
Dados da Secretaria Municipal de Saúde revelam que em 2009 foram confirmados 33 novos infectados por hepatite C e em 2010, subiu para 46. Somente de janeiro a junho deste ano, foram confirmados outros 44 casos. Sendo que atualmente 226 pessoas recebem tratamento contra hepatite B e C, dos quais cerca de 50 são portadores de hepatite C em acompanhamento no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) de Uberaba, referência no diagnóstico e tratamento de doenças sexualmente transmissíveis, AIDS e hepatites.
O infectologista do CTA Uberaba, Fernando de Freitas Neves, destaca que nos últimos anos o número de infectados por hepatite C tem crescido. “Como temos feito campanhas para divulgar a realização do teste, além da implantação do teste para hepatite junto com o teste de HIV aqui no CTA, tem aparecido mais casos, mas sabemos que, mesmo assim, ainda são minoria as pessoas que têm feito o teste. Então, provavelmente, há muito mais pessoas com o vírus”, esclarece.
Para o infectologista, o vírus causador da hepatite C é transmitido pelo contato com sangue contaminado e através do ato sexual sem proteção. “Por isso, todas as pessoas que têm vida sexual ativa ou já tiveram contato com sangue por motivos como um acidente ou transfusão, vale a pena fazer o teste para descobrir a doença precocemente se são portadoras ou não da hepatite C crônica. Isto porque ela não apresenta sintomas na fase inicial e por longo período da doença. A pessoa infectada só terá sintomas quando já estiver com cirrose ou um câncer de fígado”, alerta Fernando de Freitas.
A doença antes de apresentar uma complicação não revela sintomas, por isso o infectologista esclarece o quanto é importante fazer o teste rápido para diagnóstico de hepatite C. “Para se detectar a doença precocemente, porque assim conseguimos iniciar o tratamento e a chance de cura é maior. Depois que se está em fase avançada como cirrose, por exemplo, o tratamento acaba com o vírus, mas a cirrose ou as sequelas do problema não é possível resolver”, explica o infectologista.
Até 1993, a hepatite C era transmitida por transfusões de sangue, ano em que foram implantados os testes para detecção da doença em bancos de sangue. Mas a contaminação ainda acontece através de seringas ou equipamentos odontológicos e para tatuagem ou piercing contaminados. Lâminas de barbear e de manicure e pedicure são de uso individualizado.