SAÚDE

Obesidade infantil vira problema de saúde pública no Brasil

Obesidade infantil acarreta, dentre outros problemas, hipertensão, colesterol elevado, doenças ortopédicas e apnéia do sono.

Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 20/12/2022 às 15:10
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A obesidade é um processo que está associado, quase sempre, a múltiplas causas simultaneamente, razão pela qual é uma doença de difícil tratamento. Entre estas, existem fatores biológicos e ambientais. Os fatores biológicos são a genética e o metabolismo, os ambientais são características psicológicas, hábitos alimentares e atividades físicas.   Lanches gordurosos, batatas fritas, doces e refrigerantes não podem faltar na lista dos sabores que os pequenos mais gostam, especialmente pelo estímulo gerado pela propaganda de produtos industrializados e dos fast-foods.   Somado a essa oferta gastronômica nada saudável, tem-se ainda o fato das brincadeiras de rua sendo trocadas pelo vídeo game e computador.   O resultado desses fatores é um volume cada vez maior de crianças obesas, elevando ainda mais as estatísticas deste que é considerado um problema de saúde pública mundial.   A obesidade infantil acarreta, dentre outros problemas, a hipertensão, colesterol elevado, diabetes melito tipo 2, doenças ortopédicas, apnéia do sono e problemas psicossociais. E esses problemas tendem a piorar na fase adulta, pois uma criança obesa tem grandes chances de ser um adulto obeso.   De acordo com dados do IBGE, cerca de 10% das crianças e adolescentes brasileiros possuem sobrepeso e 7,3% sofrem de obesidade. As classes sociais que mais possuem casos de obesidade infantil são a média e alta. “Estudos brasileiros mostram que nas escolas privadas a prevalência de sobrepeso e obesidade é maior do que nas escolas públicas e este dado se justifica pelo acesso mais fácil das crianças de nível socioeconômico melhor a alimentos ricos em gorduras e açúcares simples, assim como às modernidades tecnológicas, que levam ao sedentarismo.   Outro importante fator para a obesidade dos filhos é originário dos próprios pais. Quando um dos pais é obeso, o risco de a criança ser obesa é de 50%. Se o pai e a mãe são obesos, esse risco sobe para 90% e sabemos que, embora os fatores genéticos respondam por 24% a 40% dos casos de sobrepeso, não se pode negar o efeito do exemplo e compartilhamento de atitudes da família.   Estímulo. O estilo de vida da criança se reflete diretamente no seu peso. Crianças menos ativas, mesmo não comendo em excesso, têm um risco maior de se tornar obesas. Daí a necessidade de estimulá-las a fazer atividades em ambientes ao ar livre, a passear a pé, ir a parques e participar dos serviços domésticos.   A obesidade certamente não aparece da noite para o dia e manter o peso não é tarefa das mais fáceis, principalmente para aqueles que têm propensão para engordar. É resultado de uma série de fatores e por isso deve ser tratada simultaneamente por um conjunto de profissionais (pediatra, nutricionista, psicólogo e educador físico).   Constrangimentos e repreensões em público ou na hora das refeições são cargas difíceis de suportar por indivíduos tão imaturos. Por isso, a família não pode exigir que a criança tenha um comportamento coerente em relação a essa questão. O apoio familiar é a única via para mudar os hábitos arraigados que levaram ao sobrepeso ou obesidade.

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