Sensação de corpo estranho, olhos vermelhos, interferências na qualidade da visão, lacrimejamento, ardência, que geram ...
Verão é sinônimo de dias ensolarados, mas também há problemas típicos desta estação, entre eles conjuntivites e ceratites. Mas outro problema bem mais comum é responsável pelo crescimento de cerca de 10% no movimento de consultórios oftalmológicos: síndrome do olho seco. O próprio nome já diz tudo, mas o problema do olho seco exige mais cuidados do que se pensa nesta época do ano, quando as temperaturas estão elevadas.
Sensação de corpo estranho, olhos vermelhos, interferências na qualidade da visão, lacrimejamento, ardência, que geram coceiras e incômodos intermináveis, são os principais sintomas. O oftalmologista João Antônio Prata Júnior explica que o problema não se restringe à falta de lágrimas. “A lágrima funciona como lente, lubrificação e até defesa, mas a pessoa que tem o olho seco tem dificuldade de lubrificação natural do olho. Problema que pode estar associado a várias causas ou mesmo a outras doenças oculares e doenças sistêmicas, como reumatismos”, afirma.
Atualmente, a região de Uberaba enfrenta temperaturas que beiram os 32ºC, clima que tem grande papel fundamental na ocorrência de crises. “Quem sofre com o problema do olho seco, do tipo evaporativo, sofre mais na época de calor. Ou ainda no início da primavera, quando surgem as alergias oculares que agravam o problema”. O tratamento busca primeiro descobrir o tipo de olho seco através de um diagnóstico com o oftalmologista de confiança. “Após os exames que vão identificar o problema, temos uma série de lubrificantes e até comprimidos que a pessoa pode tomar para melhorar, mas basicamente o oftalmologista recomenda o uso de um lubrificante”, esclarece Prata Júnior.
O principal alerta do especialista é quanto à utilização de colírios. Para Prata Júnior, nenhum remédio deve ser usado sem orientação médica. “Apenas o oftalmologista pode determinar qual o melhor lubrificante ocular para cada caso. Isto porque muitos colírios populares possuem conservantes e podem até agravar o quadro ao invés de minimizar seus efeitos”, destaca.
Para quem trabalha com ritmo intenso com leitura e em frente a computadores ou telas luminosas, a recomendação do especialista para evitar as crises é basicamente usar o lubrificante indicado pelo
oftalmologista de confiança.
“Em especial, lembrar de fazer as pausas para que a visão descanse no momento adequado, que nem sempre se restringe à frequência de duas em duas ou de três em três horas, mas sim no momento em que a pessoa começa a sentir algum incômodo”, completa o oftalmologista.