A diretora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan, decidiu ontem manter o nível de alerta para a gripe suína. Ao participar da 62ª Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra, ela advertiu que há risco de o novo vírus sofrer mutação com o H1N5, causador da gripe aviária. “Ninguém sabe como o vírus aviário irá comportar-se quando exposto a um grande número de pessoas infectadas pelo novo H1N1. Não sabemos por quanto tempo esse período de calmaria irá durar”, disse, ao se referir ao número de mortes registradas até o momento, quando comparado aos casos confirmados – 74 contra 8.829. “Ninguém pode dizer se isso é apenas uma calmaria antes da tempestade”, disse. Margaret Chan destacou, também, que o vírus H1N1 já foi identificado em diversos países do Hemisfério Sul – localidades que, brevemente, irão enfrentar o período de inverno, quando o registro de influenzas aumenta consideravelmente. “Temos toda razão em nos preocupar com as interações do vírus H1N1 e de outros vírus de influenza que circulam em humanos”. O Ministério da Saúde informou ontem que o número de pessoas com suspeita de gripe suína no país caiu de 22 para 20. Os casos suspeitos foram registrados em São Paulo (seis), em Minas Gerais (quatro), no Distrito Federal (três), em Alagoas (um), no Amapá (um), em Pernambuco (um), no Piauí (um), no Rio de Janeiro (um), no Rio Grande do Sul (um) e em Rondônia (um). Além disso, 19 pacientes estão sendo monitorados em nove estados brasileiros: Mato Grosso (um), Minas Gerais (dois), Paraná (um), Rio de Janeiro (um), Rio Grande do Norte (quatro), Rio Grande do Sul (um), Santa Catarina (dois), São Paulo (seis) e Sergipe (um). Até agora, oito casos foram confirmados: três no Rio de Janeiro, dois em São Paulo, um em Minas Gerais, um no Rio Grande do Sul e um em Santa Catarina. Até o momento, 270 casos foram descartados.