Durante as férias, as crianças procuram outras atividades para ocupar o dia. Segundo a psicóloga Márcia Almeida Bilharinho, a favorita é o computador.
Durante as férias, as crianças procuram outras atividades para ocupar o dia. Segundo a psicóloga Márcia Almeida Bilharinho, a favorita é o computador. O problema é que ele acaba se tornando um vício, onde não apenas crianças, mas também adultos e adolescentes passam a maior parte do seu tempo. “Todo tipo de excesso deve ser canalizado”, explica a psicóloga, acrescentando que, no caso do relacionamento criança-computador, os pais devem determinar horários e, principalmente, aproveitar o tempo livre com os filhos. “O ideal é sair da rotina da família, procurar atividades físicas, uma caminhada ou algum passeio por parques e praças”, ressalta. Em seu consultório, Márcia percebeu que os pais têm receio de impor horários e que algumas crianças passam mais de seis horas por dia na máquina. “Às vezes, o filho está quietinho, sem incomodar, por estar no computador, e os pais acabam relevando, mas é importante o incentivo social”, observa. A psicóloga explica que o tempo gasto no computador incentiva o isolamento, ou seja, cada membro dentro da família fica em um cômodo da casa, sem ter contato entre si. “É claro que isso é um reflexo do mundo moderno, mas eu vejo que, se a situação continuar como está, a vida social poderá até ser comprometida futuramente”, afirma. Márcia incentiva os pais a reunirem a família, mesmo que alugando um filme do agrado de todos, desde que faça existir contato e conversa. Segundo a psicóloga, o mais viável nesses casos é a dessensibilização e funciona diminuindo gradualmente o tempo da criança no computador. “Tudo deve ser conversado e a criança deve estar ciente de que a atitude foi tomada devido a tal comportamento”, finaliza.