SAÚDE

Pesquisa busca relacionar tipo de sangue ao risco de contrair coronavírus

Infectados do tipo sanguíneo “A” representam número maior em relação aos do tipo “O”

Publicado em 20/04/2020 às 19:28Atualizado em 18/12/2022 às 05:45
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Pesquisadores chineses apontam que pessoas pertencentes ao tipo sanguíneo A são mais suscetíveis à infecção pelo novo coronavírus e apresentam mais risco de morte por Covid-19. Já as pessoas do tipo O correm menos risco de contrair e morrer pela doença.

O método utilizado pelos pesquisadores, membros de cinco universidades chinesas, comparou a distribuição dos tipos sanguíneos entre a população das regiões de Wuhan e Shenzen, na China, com a distribuição por tipo sanguíneo entre 2.173 pessoas infectadas com Covid-19 nestas localidades.

O estudo busca relacionar os tipos de sangue ao risco para a doença. O texto é uma versão inicial da pesquisa e ainda possui limitações, segundo os próprios autores. Eles ressaltam, portanto, que o material ainda não deve ser usado para orientar a prática clínica.

Em Wuhan, onde a pandemia de coronavírus teve origem, o estudo constatou que, entre 3.694 pessoas sem a doença, 32,16% eram do tipo sanguíneo A, 24,9% eram do tipo B, 9,1% eram do tipo AB e 33,84% eram do tipo O. Analisando amostras de sangue de 1.775 pacientes com Covid-19 no Hospital Wuhan Jinyintan, o resultado foi de 37,75% do tipo A, 26,42% do tipo B, 10% do tipo AB e 25,8% do tipo O.

No hospital da Universidade de Wuhan, onde 113 pacientes foram analisados, os dados do tipo A sugeriram um risco de infecção ainda maior do que no outro hospital, enquanto os relativos do tipo O indicam risco ainda mais reduzido.

Em Shenzen, onde 23.368 pessoas sem a doença foram analisadas, 28,7% da população pertence ao tipo A, exatamente a mesma proporção identificada entre as 285 pessoas com Covid-19 estudadas no Hospital do Terceiro Povo. A respeito do tipo O, no entanto, 38,7% da população têm sangue deste tipo, número que foi de 28,42% entre os infectados na cidade.

Entre 206 pacientes que haviam morrido de Covid-19, a proporção foi de 41,26% do tipo A, 24,27% do tipo B, 9,22% do tipo AB e 25,24% do tipo O. “Seria prematuro usar este estudo para orientar a prática clínica neste momento, mas deve-se incentivar uma investigação mais aprofundada da relação entre o grupo sanguíneo ABO e a suscetibilidade à Covid-19”, afirmam cientistas participantes da pesquisa.

*Com informações Veja

 

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