As metas do Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM), estabelecidas pela Organização das Nações Unidas, é ...
As metas do Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM), estabelecidas pela Organização das Nações Unidas, é de 35 óbitos por 100 mil nascidos vivos. O Brasil prevê cumprir o objetivo em 2012.
Luciana Bessa explica que Uberaba também segue esta tendência de redução na mortalidade infantil e materna quando se considera as mortes evitáveis. “A maioria das complicações de bebês são neo-natais, bebês precoces que podem morrer nas primeiras horas de vida, por desidratação ou devido a um aborto”, alerta.
O Comitê Municipal de Prevenção do Óbito Materno, Infantil e Fetal da Secretaria de Saúde investiga as causas dos óbitos e tem detectado que a maioria das complicações ainda podem ser descobertas durante o pré-natal. “Os casos que evoluíram a óbito são em crianças de mães que não realizaram o pré-natal, mães adolescentes sem acompanhamento. E o objetivo do comitê é descobrir por que. É falta de acesso à saúde? Às vezes acontece da mulher morar em um bairro sem o Programa Saúde da Família (PSF) ou mesmo de ter recusado atendimento”, esclarece Luciana Bessa.
Mas segundo a presidente do Comitê, o motivo para a redução da mortalidade infantil é a maior conscientização das mulheres. Com o passar do tempo, elas estão procurando mais os serviços de atendimento médico e consequentemente têm maior cobertura do Sistema Único de Saúde (SUS) para o pré-natal. “Percebemos que tem havido um aumento considerável no número de consultas pré-natal. Para evitar os óbitos infantis, a assistência deve começar antes do nascimento com a realização do pré-natal periódico”, afirma Luciana.
Para a presidente, outro ponto fundamental para a queda na mortalidade infantil é o melhor acompanhamento do bebê pelo PSF após o nascimento. “Estamos intensificando o atendimento para bebês de risco que nascem com baixo peso e os indicadores de queda da mortalidade têm mostrado que essa intensificação no atendimento tem gerado resultados”, frisa.
Prevenir a mortalidade infantil começa pela melhor assistência às mães, desde o pré-natal até o acompanhamento no parto e da saúde da mulher.