SAÚDE

Problema no coração é a principal causa de morte no Brasil

As mortes por doenças cardiovasculares superam inclusive o câncer e a Aids, e o controle das taxas de colesterol no organismo é uma das armas para combatê-la

Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 20/12/2022 às 12:14
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Estatísticas da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam, em média, uma morte por infarto do miocárdio no Brasil a cada cinco minutos. Se essa tendência atual for mantida, estima-se que em 2040 ocorrerá uma morte a cada 47 segundos por causa de problemas no coração. Hoje, o Ministério da Saúde revela que as doenças cardiovasculares são as principais causas de morte no país, superando inclusive o câncer e a Aids. E o controle das taxas de colesterol no organismo é uma das armas para combater doenças cardíacas. Diretamente ligada às doenças do coração estão a falta de informação e de controle das taxas de colesterol pelos brasileiros. Como os níveis considerados adequados são diferentes de indivíduo para indivíduo, apenas a avaliação médica pode definir qual o risco de cada pessoa e o nível de colesterol ruim (LDL), colesterol bom (HDL) — necessário às células do organismo — e triglicérides, que é uma espécie de gordura que circula na corrente sanguínea e é armazenada no tecido adiposo do corpo.   Segundo o médico cardiologista Eduardo Veludo, assim como na média nacional, são frequentes as doenças derivadas do colesterol alto, as chamadas dislipidemias. “Os problemas mais comuns são os relacionados à aterosclerose, que é o acúmulo de gordura em forma de placas no interior das artérias, levando à obstrução do fluxo sanguíneo, além do enfraquecimento da parede destes vasos, com risco também de dilatações, os aneurismas”, explica. Por não apresentar sintomas imediatamente, o colesterol alto só pode ser avaliado pela dosagem laboratorial. “E esta dosagem requer alguns cuidados, como jejum de 12 a 14 horas, abstinência da ingestão de álcool, dentre outros”, informa o cardiologista. “É recomendável que os adultos conheçam seus níveis sanguíneos de colesterol, sendo obrigatório àqueles que possuem outros fatores que aumentam o risco de doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial, diabetes, tabagismo, sobrepeso ou obesidade, sedentarismo, e àqueles com história familiar de problemas cardíacos, em especial infarto e angina”, alerta Veludo.   De acordo com o cardiologista, o tratamento do colesterol alto deve ser feito com a mudança no estilo de vida, que envolve desde a prática regular de atividade física e uma mudança nos hábitos alimentares. “Entre os alimentos que devem ser evitados estão aqueles que contêm gordura de origem animal, as frituras e as gorduras saturadas de uma maneira geral. Para que os níveis adequados de colesterol sejam mantidos, alguns alimentos são indicados, dentre eles os que contêm fibras, bem como o azeite de oliva e a castanha-do-pará, em pequenas quantidades, o abacate e alguns tipos de peixes”, recomenda. Outra recomendação é evitar a automedicação em qualquer hipótese, mas o cardiologista lembra que “os medicamentos, desde que prescritos pelo médico, podem ser boa opção para aqueles que têm risco elevado ou aqueles de mais baixo risco, mas que não conseguiram atingir suas metas apenas com as mudanças no estilo de vida”, conclui.

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