SAÚDE

Procedimento combate sobrepeso e facilita a ação da insulina

Estima-se que haja entre 10 e 15 milhões de obesos mórbidos no Brasil. E 90% desse total ainda não tem sido tratado adequadamente

Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 20/12/2022 às 12:36
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Estima-se que haja entre 10 e 15 milhões de obesos mórbidos no Brasil. E 90% desse total ainda não tem sido tratado adequadamente, ainda que existam exames e medicamentos fornecidos pelo Sistema Único de Saúde, seja por falta de informação ou por não ter condições de levar o tratamento adiante. “Isso gera no mundo uma população de milhões de pessoas impotentes, cegas, com problemas renais, amputando dedo e saindo das forças de trabalho. O objetivo dessa cirurgia não é só um milagre para o diabético tipo 2. Essa cirurgia serve para, de certa forma, tentar tratar essa população que não está sendo medicada de forma clínica adequada”, explica Cid Pitombo.   A maior parte dos diabéticos tem algum sobrepeso. Com a cirurgia de redução de massa, descobriu-se que estar no peso médio ou ideal é um importante fator na facilitação da ação da insulina no organismo. Por isso, os modelos cirúrgicos para resolver o diabetes tipo 2 possuem dois mecanismos, que consistem em diminuir a quantidade de calorias ingeridas, reduzindo o estômago, por exemplo, ou fazendo com que o alimento chegue mais rápido ao final do intestino, onde as células irão estimular o pâncreas a produzir insulina normalmente. “Com os modelos para tratar obesidade, sem querer percebemos que eles serviam, também, para tratar outras doenças, e não só o diabetes. Principalmente, doenças envolvendo o metabolismo do lipídio, do colesterol, do triglicerídeo, formação de placa de ateroma e doenças das coronárias. E quando o doente perde peso pela cirurgia, inevitavelmente diminui a quantidade de gordura e em especial a do abdome, que é o principal fator no desenvolvimento de doenças graves”, explica Pitombo.   Oficialmente, mais de três mil pessoas já passaram pela cirurgia de diabetes. “E em mais ou menos três anos será possível termos um novo consenso ou determinar se vamos poder começar a operar ou não”, explica. Ele destaca que, por ser experimental, ainda não há previsão de quando a cirurgia será liberada no sistema público de saúde.

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