Bastante utilizada em unidades hospitalares de todo o Brasil, a implantação do Cateter Central de Inserção Periférica (PICC) na UTI Neonatal e Pediátrica já é realidade no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. O procedimento foi implementado, recentemente, por meio de um protocolo específico para a implantação, manutenção e retirada do PICC, que se apresenta como alternativa cada vez mais adotada para a manutenção de acesso venoso profundo nos recém-nascidos de alto risco. Segundo a coordenadora de Enfermagem da UTI Pediátrica, Renata Maria Dias de Abreu, para a realização do procedimento, que não exige técnica cirúrgica, é imprescindível que os enfermeiros sejam habilitados. Ela conta que os profissionais do HC da UFTM, entre enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, receberam cursos de capacitação, com recursos do Pro Hosp, quanto à manipulação e cuidados com o cateter. A intenção é assegurar maior qualidade e humanização dos cuidados aos recém-nascidos atendidos na instituição. A UTI Neonatal e Pediátrica do HC da UFTM possui capacidade para 20 leitos e presta atendimento a recém-nascidos e crianças até 14 anos. Atualmente, 70% da clientela atendida pela Unidade é constituída por recém-nascidos prematuros, ou seja, de idade gestacional menor que 37 semanas e baixo peso ao nascer. Esses recém-nascidos permanecem internados por um período que excede 30 dias e necessitam de um tratamento intensivo, com intervenção medicamentosa para a reabilitação das condições clínicas. “Para isso, precisam receber terapia intravenosa contínua e isso é realizado através de punções venosas, como cateteres de inserção periférica e cateteres centrais”, explica Renata, acrescentando que a administração dos medicamentos se dá pela circulação sanguínea. Ainda segundo a coordenadora de Enfermagem, o PICC é indicado quando há necessidade de um acesso venoso por tempo prolongado, com o mínimo de manuseio e estresse para o recém-nascido. Entre as vantagens do novo procedimento adotado, cita a diminuição do manuseio e exposição à dor, bem como risco menor de infecção quando comparados com outros tipos de cateteres centrais.