A venda de formol em concentração superior a 0,2% está proibida em farmácias, armazéns, supermercados, lojas de conveniência e drogarias, bem como a sua utilização em salões de beleza, desde junho deste ano, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No entanto, mesmo após a publicação da determinação, alguns estabelecimentos continuam comercializando esses produtos irregularmente. A redação do Jornal da Manhã encontrou ontem dois salões de beleza nos bairros Volta Grande e Centro que utilizavam e vendiam produtos cuja composição continha 0,4% e 0,7% de concentração de formol, respectivamente. Os produtos são alisantes para cabelo, utilizados no procedimento estético chamado de escova progressiva e, de acordo com a Anvisa, seu uso indiscriminado pode causar “sérios riscos à saúde”. De acordo com Maurício de Oliveira, da referência técnica da Vigilância Sanitária da Gerência Regional de Saúde, o trabalho de fiscalização dentro dos salões é feito observando-se a regularidade do produto, registro e notificação junto à Anvisa, data de validade e composição química. “Há produtos que só de olhar ou cheirar, sentimos se está adulterado ou irregular, como o caso do formol, por exemplo”, explica. Maurício explica ainda que, na constatação do crime, os produtos são apreendidos e inutilizados imediatamente e o estabelecimento responsável pode sofrer sanções que vão desde advertências à interdição total. “A empresa tem que retirar seu alvará sanitário anualmente, então, a fiscalização ocorre pelo menos uma vez por ano”, esclarece. As vistorias são de responsabilidade da Vigilância Sanitária Municipal, segundo a qual a comercialização do formol já não acontece mais em Uberaba, desde a data estipulada para a adequação à lei. Para a denúncia de irregularidades, o número da Vigilância Sanitária é 150.