SAÚDE

Projeto Vida pela Vida aumenta 50% número de doação de órgãos

Em Uberaba, ainda não há o balanço dos procedimentos e doações feitos este ano, mas segundo avaliação do coordenador da ...

Publicado em 27/12/2010 às 11:21Atualizado em 20/12/2022 às 02:27
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Doar órgãos é um ato de amor e solidariedade. É com esta máxima que a população de Uberaba, do Brasil e do mundo deve começar 2011, para superar a marca de mais de 16% de crescimento em 2010, em relação às 20 mil cirurgias de transplantes de órgãos realizadas em 2009. Segundo o Ministério da Saúde, foram 2.367 cirurgias realizadas no país nos primeiros seis meses deste ano contra 2.033 entre janeiro e junho de 2009, sendo 90% pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Em Uberaba, ainda não há o balanço dos procedimentos e doações feitos este ano, mas segundo avaliação do coordenador da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes do Hospital de Clínicas da UFTM (CIH-DOTT/HC-UFTM), Ilídio Antunes de Oliveira Júnior, o desempenho municipal segue o crescimento observado no país em relação à doações de órgãos. “Estamos com um índice de 10 doadores por milhão de habitantes e graças a Deus é a realidade do Alto Paranaíba e Triângulo Mineiro. Nos últimos 10 anos, o Brasil saiu de dois para 10 doadores por milhão. Antes do nosso projeto Vida pela Vida tínhamos menos de 10% de doações. Hoje, conseguimos atingir de 50 a 60% de doadores entre os familiares de paciente com morte diagnosticada no Hospital de Clínicas, com 300 leitos disponíveis”, afirma o médico.

De acordo com o coordenador, esse aumento notado nos últimos 10 anos só foi possível com a realização de campanhas informativas do governo e das respectivas unidades de doação espalhadas pelo país. “Atualmente, observamos que as campanhas de conscientização estão muito frequentes, mas isso precisa ser feito por períodos prolongados. O que precisa ser feito é falarmos sobre doação de órgãos, sempre respeitando as famílias. Para isso, é fundamental que cada pessoa manifeste em vida para a família o desejo de ser um doador de órgãos”, ressalta.

Ilídio lembra ainda que além disso, é preciso que os médicos e profissionais de saúde também se comprometam na luta para diminuir o tempo de espera por um órgão. Para se ter uma ideia, no estado de São Paulo há cerca de 100 mortes encefálicas (ou cerebral, que permite a doação de múltiplos órgãos) por dia, mas menos da metade é notificada para a doação.

No entanto, o coordenador ressalta que ainda há muito que melhorar. Segundo Ilídio, em comparação a países evoluídos na doação de órgãos, como a Espanha, que possui 36 doadores por milhão de habitantes. “Uma pesquisa revela que hoje 95% dos espanhóis são doadores de órgãos Levaram 20 anos para atingir esse nível de conscientização”, frisa.

 

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