Para Alessandra, é importante procurar outros profissionais para que o acompanhamento seja o mais completo possível, mas a participação de um psicólogo é necessária para que se diferenciem as confusões que envolvem os transtornos alimentares. “O endocrinologista seria importante para acompanhar as questões metabólicas, porque, muitas vezes, há desarranjos hormonais. Alguns pacientes chegam a ter anemia ou desnutrição, e é o endocrinologista que vai tratá-los”. O paciente pode fazer também um acompanhamento psiquiátrico, para tomar um antidepressivo, ou medicamento que diminua a ansiedade. “É uma medicação adequada para ajudá-lo, no caso, por exemplo, de uma bulimia, para conter esse impulso por comer. Ou no caso da anorexia, em que aparecem todos aqueles rituais e aquela dificuldade, para sanar a ansiedade envolvida no processo do comer, que se torna tão sofrido, proporcionando mais tranquilidade para a nutrição”, completa. A psicóloga faz, ainda, um alerta a essas pessoas para que não tenham vergonha. “O que a gente está sentindo precisa ser muito bem olhado. É muito importante que as pessoas procurem orientação. Às vezes, parece que não é nada, mas se descobrirmos o problema bem no início nem chega a se transformar em uma doença importante”, destaca Alessandra.