SAÚDE MENTAL

Psicólogo explica como lidar com o luto e transformar a saudade em afeto no Dia de Finados

No Dia de Finados, o psicólogo Sérgio Marçal fala sobre o processo natural do luto e destaca a importância de acolher as emoções, celebrar as boas lembranças e buscar apoio quando necessário

Juliana Correa
Publicado em 01/11/2025 às 17:44
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Neste domingo (2) é celebrado o Dia de Finados, quando muitas pessoas reservam um momento para lembrar de quem já partiu. Segundo o psicólogo Sérgio Marçal, o luto é um processo natural e inevitável diante da perda, mas que pode ser vivido de formas diferentes por cada pessoa. Ele explica que “o luto é uma experiência singular, individual, natural e esperada frente à perda de um ente querido. Não envolve apenas a tristeza, pois afeta também dimensões físicas, psíquicas, espirituais e sociais, cada uma vivida de maneira única”.

Marçal destaca que o luto não se restringe à morte física. Em muitos casos, pode surgir de mudanças simbólicas, como doenças prolongadas ou perdas graduais de identidade. “O luto também pode se iniciar diante de um adoecimento irreversível, quando a pessoa amada vai deixando de existir aos poucos, e os familiares vivenciam a dor de se despedir de alguém que ainda está vivo”, explica.

Segundo o psicólogo, o luto saudável é aquele em que a pessoa consegue, com o tempo, ressignificar a dor e retomar a vida, enquanto o luto não saudável se caracteriza pela tristeza persistente e incapacitante. Segundo ele, é essencial estar atento à diferença entre os sentimentos naturais e o prolongamento indefinido deles. Quando a tristeza se torna um obstáculo às atividades diárias e vem acompanhada de sintomas como isolamento, alterações de sono e apetite, pode ser sinal de que o luto está se transformando em doença.

Marçal lembra ainda que relembrar os entes queridos em datas como o Dia de Finados pode ser uma forma de renovar laços afetivos e fortalecer a gratidão. “A sabedoria popular diz que a saudade é o amor que fica. Essa data pode ser vista não apenas como o dia da morte, mas como o dia de agradecer, honrar e seguir adiante, celebrando tudo o que foi vivido com amor”, afirma.

Por fim, o psicólogo reforça que a ajuda profissional é uma aliada importante quando o sofrimento se prolonga. Ele diz que buscar apoio psicológico não é sinal de fraqueza, mas de cuidado. Quando a dor interfere na rotina e o vazio parece não passar, o acolhimento pode ajudar a reorganizar os sentimentos e reconstruir o sentido da vida.

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