SAÚDE

Psicólogos analisam emoções e razões em teste para aquisição de armas

O exame psicológico deve ser realizado na aquisição, assim como nas renovações dos registros de armas já expedidos

Letícia Morais
Publicado em 02/02/2019 às 11:05Atualizado em 17/12/2022 às 17:49
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Foto/Jairo Chagas 

 

Marcela Sabino considera a medida vital para evitar que pessoas não habilitadas utilizem o objeto de forma indevida

No dia 15 de janeiro, o presidente Jair Bolsonaro assinou decreto que facilita a posse de armas de fogo e aumenta de cinco para dez anos a validade do registro de arma. No entanto, os interessados devem preencher alguns requisitos previstos na legislação para adquiri-la. A avaliação para posse e/ou porte de arma é feita por psicólogos credenciados pela Polícia Federal. “Avaliar quem pode adquirir ou portar uma arma é de vital importância para contribuir que pessoas não habilitadas utilizem de forma indevida esse instrumento de defesa e, assim sendo, deve ser realizado com responsabilidade, seguindo parâmetros éticos, legais e institucionais”, afirma a psicóloga Marcela Sabino de Castro, credenciada para avaliação técnica dos candidatos a porte de armas.

O exame psicológico deve ser realizado na aquisição, assim como nas renovações dos registros de armas já expedidos. “É preciso ter mais de 25 anos, comprovar idoneidade, ter ocupação lícita, residência certa, não ter sido condenado em processo criminal, além de comprovar capacidade técnica e psicológica para o uso do armamento”, explica.

Durante a avaliação psicológica, são observadas características como agressividade, impulsividade, controle emocional, estabilidade emocional, além de sanidade psíquica. “Outras variáveis importantes são integridade, honestidade, responsabilidade e capacidade de acatar regras”, acrescenta.

Marcela Sabino alerta que quem apresenta sintomas de depressão ou problemas psíquicos não pode obter a autorização. “Transtornos mentais implicam alterações comportamentais, emocionais e no sistema cognitivo, dificultando que a pessoa perceba e conheça a realidade que a cerca”, pondera.

A psicóloga esclarece que não há tempo determinado após a cura, em caso da depressão, por exemplo, para que a pessoa se candidate. “Cada pessoa reage de forma diferente ao tratamento da depressão. Sendo assim, desde que a pessoa se sinta preparada para adquirir uma arma de fogo, ela poderá submeter-se à avaliação”, afirma. Acrescenta que, caso seja considerada inapta, a pessoa poderá ser submetida a nova bateria de testes após 30 dias.  

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