SAÚDE

Qual a relação de distúrbios do sono com dor crônica?

De acordo com a SBED, quase 50% dos pacientes com o diagnóstico de dor crônica possui algum transtorno relacionado ao sono

Alinny Martins/Erika Baruco
Publicado em 28/02/2019 às 17:35Atualizado em 17/12/2022 às 18:39
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Foto/ilustrativa

Já é consenso que dormir bem é importante não apenas para garantir mais qualidade de vida, mas também para evitar complicações de disfunções já existentes em nosso organismo. Diversos estudos já comprovaram que a falta de sono aumenta riscos em cardiopatas, causam danos cognitivos em pessoas já afetadas por doenças relacionadas a este tipo de perda, e piora crises em portadores de dor crônica.

De acordo com a Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED), quase 50% dos pacientes com o diagnóstico de dor crônica possui algum transtorno relacionado ao sono.

Segundo Dr. Claudio Fernandes Corrêa, neurocirurgião mestre e doutor pela UNIFESP e especialista em dor pela Associação Médica Brasileira (AMB), “a dor, por si só, já dificulta o relaxamento adequado do indivíduo para o sono, aumentando quadros de estresse físico e emocional, e gerando um ciclo vicioso para gatilhos de crises dolorosas e insônia”.

Isso ocorre porque o sono tem um componente de ação para o equilíbrio do sistema neurológico e imunológico como um todo, com atuação sobre a liberação do hormônio cortisol, ligado às funções de controle de processos inflamatórios e estabilidade emocional, por exemplo.

Neste sentido, tratar a dor crônica é importante para obter a melhora da qualidade do sono. Mas para que este tratamento seja efetivo, se faz necessário a integração de terapias medicamentosas, físicas e mentais, trabalhando o equilíbrio do corpo e da mente. É onde fisiatras, fisioterapeutas, psicólogos e psiquiatrias se unem com neurologistas, reumatologistas e outros especialistas, somando orientações dentro de suas áreas e das necessidades individuais de cada paciente.

Quando todas as medidas convencionais não surtem efeito para o controle das crises de dor, o paciente ainda pode ser indicado para procedimentos cirúrgicos ablativos, neuroamentativos ou minimamente invasivos de acordo com a doença de base ou da região afetada pelo quadro de dor. Entre eles estã implante de bombas de infusão com opioides ou cirurgia sobre fibras nervosas sensitivas da medula espinal para a redução da percepção da dor, realizada por meio de lesão/ablação por radiofrequência.

“A partir deste arsenal de tratamentos é possível obter grande percentual de controle da dor, que colaboram para a regulação do sono dos pacientes e para o estabelecimento de um novo ciclo, agora de benefícios para o paciente”, conclui Dr. Claudio Corrêa. 

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