SAÚDE

Reeducação alimentar previne obesidade infantil, diz estudo

Pesquisa com 46 mulheres, com idade entre 19 e mais de 40 anos, realizada no Ambulatório de Obesidade da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), já contatou que mães com ...

Thassiana Macedo
Publicado em 12/07/2011 às 09:45Atualizado em 19/12/2022 às 23:24
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Tratamento da obesidade infantil deve ser feito através da mudança de comportamento, com 30% de sucesso, quando realizado em família

Pesquisa com 46 mulheres, com idade entre 19 e mais de 40 anos, realizada no Ambulatório de Obesidade da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), já contatou que mães com mais de 40 anos que sofrem de obesidade ou sobrepeso têm chance, cinco vezes maior, de gerar filhos que sofrerão problemas relacionados à obesidade infantil. Os hábitos da modernidade, cada vez mais apressada e menos caseira podem ser responsáveis pelo aumento do problema. Segundo o estudo de Paulo Cavalcante Muzy, o tratamento da obesidade deve ser feito através da mudança de comportamento, tendo cerca de 30% de sucesso quando realizado em família.

Em entrevista à Rádio JM, a nutricionista Tatiana de Morais Vieira Silva destaca que a alimentação fora de casa possui aspectos prós e contras. “Às vezes, você vai a um self service e encontra uma variedade de vegetais que em casa há uma ou duas qualidades, mas também há muita fritura, excesso de carboidratos, grande quantidade de tipos de carnes. Então, as pessoas optam pelos alimentos mais calóricos, embora tenha a vantagem da variedade de vegetais. Se a pessoa tem consciência alimentar ou educação alimentar consegue fazer uma alimentação equilibrada fora de casa”, frisa.

O estudo revela que a obesidade infantil está intimamente relacionada à faixa etária das mães, ou seja, geralmente mulheres com mais de 40 anos, por caracterizarem-se na fase da vida de mulheres em que são mães superprotetoras. A constatação é de que a partir dessa idade, as mães tratam o alimento com significado afetivo e não nutricional, utilizando a alimentação como símbolo de cuidado e carinho, aliada à ideia de que quanto mais “cheinho”,  mais saudável.

O ideal, segundo a nutricionista, é dar preferência para os vegetais, diminuir a ingestão de alimentos à base de carboidratos, evitando o exagero no consumo de proteínas e frituras. “Carboidratos são massas, arroz etc, com exceção das carnes, todos os alimentos são fontes de carboidratos. Numa reeducação alimentar as pessoas precisam de ter cuidados especiais com fontes de açúcares como doces, de colesterol, que estão na gordura de origem animal, dando preferência às carnes brancas em detrimentos das vermelhas; e o sódio, contido em alimentos industrializados e no sal”, esclarece Tatiana. Outra orientação da nutricionista é balancear a quantidade de cada tipo de alimento. “Há pessoas que dizem que só comem frutas, a estas, então, verificamos que algumas trocam a refeição por um abacaxi, mas esquecem que frutas também têm calorias. Trabalhar a qualidade e a quantidade é muito importante. O ideal é sempre dar preferência aos vegetais, evitando o excesso dos mais calóricos, como beterraba, cenoura e batata. Pensando na saúde, prefira saladas cruas com alface, tomate ou

couve”, afirma.

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