Rótulos dos alimentos são aliados da saúde

Grande parte da população brasileira desconhece o hábito de ler os rótulos dos alimentos. Mas, na hora de escolher o que comprar, os especialistas alertam que a embalagem – além de bonita e atraente – vem recheada de informações e pode revelar muito sobre o produto que você está prestes a consumir. A nutricionista Ana Carolina Queiroz Bóscolo faz o alerta. Segundo ela, para quem quer se alimentar com saúde, ficar de olho no rótulo é fundamental, pois é ele que mostra a quantidade de cada nutriente e ingredientes presentes no produto.   De acordo com a especialista, na hora da compra, não existe um único detalhe ao qual as pessoas devem ficar atentas. Pelo contrário. Todas as informações do rótulo são importantes. “Os consumidores devem verificar se a quantidade de gorduras, de açúcares, de colesterol e sódio daquele alimento é alta”, orienta. Mas, como saber se essa quantidade é alta? Afinal, ler e interpretar os rótulos não são tarefa fácil. Conforme ensina Bóscolo, a quantidade média recomendada de carboidrato é 60%; proteína, de 10% a 15%, e gordura, 30%. Vale lembrar que essa quantidade varia de acordo com cada pessoa, levando em consideração sexo, altura, peso, idade e se há alguma doença associada.   Para a compra de alimentos que forem ser consumidos por crianças ou pessoas com alguma doença, o cuidado deve ser redobrado. A nutricionista exemplifica que, no caso do diabético, o consumidor deve ficar atento à quantidade de açúcar, enquanto em relação aos hipertensos, é importante observar a porcentagem de sódio. “Os obesos devem dar preferência para os produtos lights, que contêm quantidades reduzidas de açúcar e gordura. Para as crianças, os pais devem escolher produtos que são fortificados com vitaminas e minerais”, informa. Caloria ou gordura? A lista enorme de nutrientes que contêm cada produto chega a confundir consumidores. Nos rótulos, existem tanto informações sobre “calorias” quanto sobre “gordura”. Mas qual a diferença entre as duas? Bóscolo esclarece que caloria é a quantidade de energia fornecida pelo alimento ao nosso organismo e que as gorduras também são fontes de energia, tendo boas doses de vitaminas e ácidos graxos essenciais, responsáveis por manter as paredes das células funcionando em boas condições.   Todavia, a nutricionista explica que é importante ficar de olho na quantidade e no tipo de gordura presente em cada produto. Afinal, de acordo com a composição das gorduras, elas são denominadas saturadas, monoinsaturadas, poli-insaturadas e trans. “A pior delas é a terceira. Ela está presente nas margarinas, produtos industrializados e bolachas recheadas”, alerta. Já as saturadas são as mais danosas para o aparelho cardiovascular e são encontradas nas gorduras de origem animal, como as da carne, manteiga e do óleo de coco.