Durante o calor, todos devem redobrar os cuidados com a alimentação, pois a ocorrência de surtos...
Durante o calor, todos devem redobrar os cuidados com a alimentação, pois a ocorrência de surtos de Doenças Transmitidas por Alimentos e Água (DTA) é potencializada nesses períodos. Isso acontece porque a elevação da temperatura propicia maior alteração do alimento e a maioria das bactérias patogênicas (que causam mal à saúde) se desenvolvem melhor em temperaturas altas, embora alguns micro-organismos possam crescer em temperaturas abaixo de 5°C. Quem faz o alerta é a Secretaria de Estado de Saúde (SESMG). A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) define surto de DTA como episódio em que duas ou mais pessoas apresentam doença semelhante após ingerirem alimentos e/ou água da mesma origem. Doenças que afetam o intestino, causando diarreia e gastroenterite, salmonelose, botulismo, febre tifoide, brucelose, toxoplasmose, cólera, hepatite A, cisticercose, entre outras, são algumas que se caracterizam como DTA. Dados parciais da SES indicam que, em 2008, foram notificados 85 surtos de DTA no Estado, sendo que 2.321 pessoas adoeceram e uma morreu. Já em 2009, foram notificados, até o momento, cinco surtos, com 119 pessoas doentes e nenhum registro de óbito. Segundo a referência Técnica em Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar da SES, Renata Boldrini, essas enfermidades surgem devido à ingestão de alimentos ou água contaminados por inúmeros agentes etiológicos, como bactérias, vírus, fungos ou parasitas. E se não forem tratadas adequadamente, como no caso das desidratações severas, em crianças e idosos principalmente, podem levar à morte. As DTA se expressam por um grande elenco de manifestações clínicas, dentre as quais se destacam: febre, náuseas, vômitos, anorexia, dor abdominal, diarreia, mal-estar, tontura, cefaléia, alterações neurológicas, prostração, desidratação e, em alguns casos, pode evoluir para óbito. A técnica explica que crianças e idosos são grupos mais vulneráveis.