As cidades de Uberlândia, Pouso Alegre foram as que tiveram o maior número de mortes
O balanço epidemiológico da gripe, divulgado ontem (3) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG), mostra que Minas Gerais teve 3.054 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) notificados. Destes, 1.664 pacientes tiveram amostras coletadas e processadas. Os resultados foram de 348 pessoas infectadas por Influenza e outras 187 por outros vírus respiratórios. Ao todo, 418 mortes foram registradas, sendo 98 relacionados ao vírus Influenza, outros 23 são de pessoas que tiveram contato com os vírus Parainfluenza, VSR, Metapneumovírus e Adenovírus.
Houve um aumento significativo em 2018 em relação a 2017. Nos últimos 12 meses, 348 casos de SRAG relacionada ao vírus foram confirmados, 16% a mais do que em 2017, quando foram 300 casos confirmados. No ano passado, a maioria das infecções foi pelo vírus tipo A não subtipado, com 119 registros, seguido pelo H3N2, com 110 notificações, e o H1N1, com 102 casos. O tipo B atingiu 17 pessoas. Continua depois da publicidade
Em relação as mortes provocadas por Influenza, o aumento foi ainda mais assustador. Em 2018, foram 98 mortes, contra 50 de 2017, uma alta de 96%. O maior número de óbitos foi em decorrência do H1N1 e do Influenza A não subtipado, que mataram 37 pessoas, cada. O H3N2, provocou 19 óbitos, e o Influenza B, 5.
As cidades de Uberlândia, Pouso Alegre foram as que tiveram o maior número de mortes. Foram oito óbitos registrados em cada município. Em seguida, vem Belo Horizonte com seis mortes, e Governador Valadares, no Rio Doce, com quatro.
Em 2018, segundo dados do balanço epidemiológico, foram registrados três surtos. Eles acontecem quando ao menos três casos de síndrome gripal são registrados e ambientes fechados/restritos em um intervalo de sete dias entre as datas de início de sintomas. As ocorrências aconteceram em residência e asilo em Congonhas, na Região Central de Minas, Maria da Fé e Itajubá, no Sul do Estado.