Secretaria de Saúde pesquisa consumo de álcool

Final de ano, muitas festas e muito consumo de álcool por uma grande parcela da população. Pensando em prevenir o uso excessivo de bebida em qualquer ocasião, a Secretaria de Saúde implanta neste final de ano uma pesquisa em todas as Unidades de Saúde da Família (USFs), Unidades Matriciais, Unidades de Pronto-Atendimento, a fim de detectar futuros consumidores excessivos de álcool.   A diretora de Atenção Básica, Maria Alice Modesto Veludo, alerta que o uso abusivo de álcool constitui um grave problema de Saúde Pública. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso problemático de álcool acaba por impor uma carga grande de problemas indesejáveis e altamente dispendiosos à comunidade.   Segundo a diretora, o uso problemático de álcool foi escolhido pelo Ministério da Saúde para compor a lista dos dez problemas de saúde para serem priorizados pelo Programa Saúde da Família. “Por isto, temos que alertar a comunidade para este problema, inclusive mostrando o quanto os problemas causados pelo álcool são grandes e o quanto seu tratamento fica dispendioso”, observa.   Os usuários do Sistema de Saúde irão responder a um questionário que será entregue nas USFs. “Fazem parte das perguntas, por exemplo, quantas vezes a pessoa consome álcool na semana, a quantidade consumida... Enfim, perguntas que irão ajudar a detectar pessoas que possam se viciar, ou que já estão neste quadro”, afirma Maria Alice.   O programa neste final de ano foi aprovado para duas cidades. Além de Uberaba, Londrina (PR) também irá colocar este questionário em sua rede pública.   A diretora afirma que o objetivo é sensibilizar as pessoas para que conheçam o grau de risco de consumo de álcool. “De acordo com o risco, estudaremos caso a caso para ver o que pode ser feito no dia-a-dia”, afirma.   Para a secretária de Saúde, Maria Thereza Rodrigues da Cunha, projetos como este ajudam consideravelmente na prevenção de doenças, o que acaba onerando menos o Sistema Único de Saúde. “Onde há prevenção, não há doença. E queremos com isto utilizar verbas para tratar a saúde das pessoas. Oferecer maior qualidade de vida a elas”, conclui. O projeto conta com o apoio do Centro de Atenção Psicossocial (Caps D).