SAÚDE

Segundo especialista, dieta da proteína esconde riscos

Entre as várias formas de dietas difundidas entre as pessoas que querem emagrecer, uma delas, criada pelo cardiologista americano Robert Atkins, ficou conhecida em todo o ...

Publicado em 15/12/2010 às 10:46Atualizado em 20/12/2022 às 02:38
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Entre as várias formas de dietas difundidas entre as pessoas que querem emagrecer, uma delas, criada pelo cardiologista americano Robert Atkins, ficou conhecida em todo o mundo como a Dieta da Proteína. Sua principal meta é restringir severamente a ingestão do carboidrato em todas as refeições e priorizar o consumo de proteínas, ou seja, alimentos de origem animal, como carnes, ovos, peixes, bacon, embutidos, queijos amarelos. É o que indica estudo da Universidade de Copenhague.

Embora a dieta desencadeie um processo bioquímico em que o fígado converte gordura corporal em ácidos graxos e corpos cetônicos - substâncias que podem ser usadas pelo corpo como fonte de energia quando há falta de carboidratos responsáveis por fornecer energia ao organismo -, a nutricionista Danyela Gerolin Costa alerta que essa forma de dieta possui fases e o resultado final é sempre o mesmo, ou seja, desequilíbrio do organismo.

Danyela explica que, de acordo com a dieta de Atkins, esse mecanismo, chamado cetose, é essencial para o emagrecimento. “Com estas adaptações metabólicas, o organismo passa a usar os corpos cetônicos como fonte de energia, poupando um pouco de glicose para o cérebro, o seu principal dependente.

E com alguns dias em cetose, o organismo se libera da dependência dos carboidratos e passa a utilizar as gorduras como fonte de energia, o que aumenta a saciedade”, esclarece.

Segundo Danyela, o argumento do médico americano é que, quando o organismo está em cetose, a fome simplesmente não existe, o que leva a uma perda de peso rápida.

“A promessa é uma grande redução de peso em curto espaço de tempo, podendo chegar a 8 kg em um mês. Mas grande parte dessa perda de peso é em decorrência de perda de massa muscular, enquanto a perda de gordura é bem mais baixa. E isso não é saudável para o corpo”, alerta a nutricionista.

O resultado são problemas de concentração, já que o cérebro não funciona sem glicose, além de tontura, sono, alteração de humor, tremores e propensão a desmaios, devido à falta de carboidratos na dieta. Aumento do colesterol, já que a dieta é rica em gorduras saturadas; prisão de ventre e outras doenças intestinais, pois a alimentação torna-se pobre em fibras.

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