Entre as várias formas de dietas difundidas entre as pessoas que querem emagrecer, uma delas, criada pelo cardiologista americano Robert Atkins, ficou conhecida em todo o ...
Entre as várias formas de dietas difundidas entre as pessoas que querem emagrecer, uma delas, criada pelo cardiologista americano Robert Atkins, ficou conhecida em todo o mundo como a Dieta da Proteína. Sua principal meta é restringir severamente a ingestão do carboidrato em todas as refeições e priorizar o consumo de proteínas, ou seja, alimentos de origem animal, como carnes, ovos, peixes, bacon, embutidos, queijos amarelos. É o que indica estudo da Universidade de Copenhague.
Embora a dieta desencadeie um processo bioquímico em que o fígado converte gordura corporal em ácidos graxos e corpos cetônicos - substâncias que podem ser usadas pelo corpo como fonte de energia quando há falta de carboidratos responsáveis por fornecer energia ao organismo -, a nutricionista Danyela Gerolin Costa alerta que essa forma de dieta possui fases e o resultado final é sempre o mesmo, ou seja, desequilíbrio do organismo.
Danyela explica que, de acordo com a dieta de Atkins, esse mecanismo, chamado cetose, é essencial para o emagrecimento. “Com estas adaptações metabólicas, o organismo passa a usar os corpos cetônicos como fonte de energia, poupando um pouco de glicose para o cérebro, o seu principal dependente.
E com alguns dias em cetose, o organismo se libera da dependência dos carboidratos e passa a utilizar as gorduras como fonte de energia, o que aumenta a saciedade”, esclarece.
Segundo Danyela, o argumento do médico americano é que, quando o organismo está em cetose, a fome simplesmente não existe, o que leva a uma perda de peso rápida.
“A promessa é uma grande redução de peso em curto espaço de tempo, podendo chegar a 8 kg em um mês. Mas grande parte dessa perda de peso é em decorrência de perda de massa muscular, enquanto a perda de gordura é bem mais baixa. E isso não é saudável para o corpo”, alerta a nutricionista.
O resultado são problemas de concentração, já que o cérebro não funciona sem glicose, além de tontura, sono, alteração de humor, tremores e propensão a desmaios, devido à falta de carboidratos na dieta. Aumento do colesterol, já que a dieta é rica em gorduras saturadas; prisão de ventre e outras doenças intestinais, pois a alimentação torna-se pobre em fibras.