O consumo de suplementos alimentares com vitaminas antioxidantes não reduz a incidência de casos de câncer nem a mortalidade pela doença, aponta estudo realizado pelo Brigham and Women’s Hospital, dos EUA, e pela Harvard Medical School, e publicado em dezembro no Journal of the National Cancer Institute. Os pesquisadores avaliaram os efeitos do consumo dos suplementos de betacaroteno, vitamina C e vitamina E em 7.627 mulheres com mais de 60 anos durante nove anos e meio. Nesse período, elas tomaram porções individuais ou combinadas dos suplementos e foram comparadas ao grupo de mulheres que recebeu placebos. No total, 624 mulheres desenvolveram cânceres invasivos e 176 morreram em consequência da doença. Comparadas com mulheres que tomaram placebo, o risco de desenvolver a doença foi quase idêntico nos dois grupos. Também foi verificada pouca diferença nos casos de morte. O risco aumentou 28% em mulheres que tomaram vitamina C; diminuiu 13% naquelas que tomaram vitamina E, e caiu 16% no grupo do betacaroteno. Segundo Jennifer Lin, uma das autoras do estudo, essa é a primeira pesquisa de grande porte que avalia os resultados do consumo de suplementos em longo prazo. “Muitos estudos testam os efeitos de antioxidantes na prevenção do câncer. Diferentemente da maioria, o nosso estudo avaliou o efeito combinado e individual de três substâncias durante quase dez anos”, revela.