A baixa umidade do ar registrada nos últimos dias representa um transtorno para portadores de doenças respiratórias. Para especialistas, o problema pode ser amenizado com medidas simples, mas requer a atenção da população.
Os sintomas mais comuns são os espirros frequentes, congestão nasal, coriza e coceira insistente no nariz, olhos, ouvido e garganta. A situação se agrava com o calor e poeira. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a rinite alérgica é uma das cinco doenças crônicas mais comuns no mundo, que atinge entre 10% e 30% dos adultos e 40% das crianças.
Segundo o pneumologista Heleno de Souza Araujo, além da rinite, com o tempo seco, a bronquite também se manifesta com mais frequência. Para combater os principais sintomas, o médico alerta para algumas medidas caseiras. “O ideal seria adquirir o vaporizador de ambiente, que é próprio para tornar o ambiente mais úmido. Porém, sabemos que nem todos têm condições de comprar o aparelho, então indicamos o uso de bacias com água e toalhas úmidas espalhadas pelos cômodos da casa, que também amenizam o clima seco”, ressalta.
No entanto, o pneumologista destaca que é preciso atenção por parte da população, pois muitas pessoas acreditam que as doenças respiratórias são apenas por causa do tempo seco e não procuram o médico. “Mesmo que esses tipos de doenças crônicas sejam do conhecimento do paciente, o profissional especialista deve ser consultado, pois no caso da sinusite, por exemplo, o quadro clínico pode avançar, deixando a doença ainda mais grave”, completa.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o problema começa na entrada do ar no organismo. O oxigênio mais seco exige esforço maior do sistema respiratório, o que pode facilitar a ocorrência de doenças respiratórias. Além disso, o ar seco causa um processo inflamatório e, consequentemente, a produção excessiva de secreção.
Tempo. Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para umidade relativa do ar em índices críticos. No domingo, 14, a umidade registrada em Uberaba foi de 19%, sendo que a OMS deixa claro que o aceitável é de no mínimo 60%. Devido à massa de ar seco que está sobre a região, a previsão de chuva significativa é somente para a segunda quinzena de setembro.