SAÚDE

Teste do Pezinho poderá identificar cerca de 40 doenças

Atualmente, o exame, que já é oferecido pela rede básica, detecta apenas quatro doenças: anemia falciforme, hipotireoidismo congênito, fibrose cística e fenilcetonúria

Thassiana Macedo
Publicado em 08/06/2011 às 10:34Atualizado em 19/12/2022 às 23:54
Compartilhar

Dia Nacional do Teste do Pezinho, celebrado no dia 6 deste mês, foi tema de audiência pública no Senado e deu fôlego às discussões sobre o exame fornecido pela rede pública. Está sob análise na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei nº 484 de 2011, apresentado pelo Senado Federal, que propõe a realização obrigatória pelo SUS, do teste expandido aos recém-nascidos. Atualmente, o exame conhecido como Teste do Pezinho, oferecido pela rede básica, detecta apenas quatro doenças, mas em um futuro bem próximo poderá diagnosticar cerca de 40 tipos de doenças do metabolismo.

As doenças atualmente detectadas pelo exame são a anemia falciforme, hipotireoidismo congênito, fibrose cística e fenilcetonúria, mas o mesmo exame pode descobrir se, ao longo da vida, a

criança pode desenvolver outras doenças, como hiperplasia e toxoplasmose congênita, além da Deficiência de Biotinidase. “Estudos piloto, que duraram de quatro a seis meses, pesquisaram a incidência de outras doenças no país, para justificar, ao Ministério da Saúde, a inclusão do diagnóstico das demais doenças na rotina que já é realizada com as quatro principais. Só que ainda não foi divulgado o estudo finalizado”, esclarece a médica referência do Teste do Pezinho no município, Heloísa Cunha Palhares.

Segundo a especialista em endocrinologia pediátrica, a ideia ainda é experimental em Minas Gerais, embora o exame estendido a algumas outras doenças já seja realizado em outros estados. O objetivo do Dia Nacional do Teste do Pezinho é justamente fazer com que as mamães não deixem de realizar o exame em seus filhos, já que ele pode impedir que as crianças fiquem com sequelas prejudiciais ao seu desenvolvimento. “O importante é fazer o exame para diagnóstico precoce, porque a maioria das doenças não tem manifestação nos primeiros dias de vida da criança, então não é possível detectá-las através de sintomas. Na maior parte das vezes, quando a criança começa a dar algum sinal de que está com a doença, ela já apresenta sequelas”, alerta Heloísa Cunha.

A médica destaca que o ideal é fazer a coleta de algumas gotinhas do sangue do bebê em até cinco dias após o nascimento, e não mais que isso. “O diagnóstico deve ser feito rapidamente para que, no máximo em 15 dias, a criança já esteja em tratamento, como, por exemplo, no caso de hipotireoidismo congênito, quando exige a reposição hormonal, ou de fenilcetonúria, em que é preciso mudar toda a alimentação da criança”, explica a endocrinologista.

Essas duas doenças, se não tratadas precocemente, podem levar as crianças a apresentarem sequelas neurológicas irreversíveis, sendo essas as maiores causas de retardo mental evitável.

 

Assuntos Relacionados
Compartilhar

Nossos Apps

Redes Sociais

Razão Social

Rio Grande Artes Gráficas Ltda

CNPJ: 17.771.076/0001-83

JM Online© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por