Durante muito tempo, mulheres grávidas tinham receio de fazer exames que identificassem anomalias cromossômicas em seus bebês
Durante muito tempo, mulheres grávidas tinham receio de fazer exames que identificassem anomalias cromossômicas em seus bebês. Isso porque o teste consistia em uma punção abdominal e era indicado em casos de riscos de alterações genéticas no feto durante a gravidez. Por isso, na maioria das vezes, a síndrome de Down é diagnosticada por meio de exame clínico.
Ou seja, através da observação da aparência facial, a habilidade cognitiva abaixo da média e o retardo mental. Porém, a medicina laboratorial vem apresentando inovações e hoje Uberaba já disponibiliza novo teste pré-natal não invasivo, conhecido como Harmony Test.
Crianças com síndrome de Down precisam ser estimuladas desde o nascimento, para que se tronarem capazes de vencer as limitações que essa doença genética lhes impõe, como necessidades específicas de saúde e aprendizagem, de assistência profissional multidisciplinar e atenção permanente dos pais. O objetivo deve ser sempre habilitá-las para o convívio e a participação social. Por isso, quanto mais cedo os pais souberem do diagnóstico, mais preparados estarão para o tratamento.
De acordo com o patologista Guilherme Oliveira, por ser não-invasivo, o exame não apresenta risco nem para a mãe nem para o feto e, ainda, possui alta taxa de exatidão e confiança. “O teste é muito simples e feito a partir de uma amostra de sangue materno. Pode ser realizado em qualquer período da gravidez, a partir da décima semana de gestação”, explica.
Ainda conforme o médico, o teste Harmony, disponível em Uberaba, garante precisão superior a 99% para a trissomia 21, que causa a síndrome de Down. Essa metodologia é respaldada pelas mais relevantes publicações científicas sobre o DNA fetal livre e segue rígidos padrões de qualidade.
Além disso, o teste identifica a síndrome de Patau (trissomia do 13), que causa retardo mental, má formação do coração da criança e palato fendido; a síndrome de Edwards (trissomia do 18), que causa comprometimento do sistema nervoso central, e, ainda, diagnostica alterações dos cromossomos sexuais, como ocorre na síndrome de Turner, em que as meninas apresentam baixa estatura e órgãos sexuais pouco desenvolvidos, e a síndrome de Klinefelter, em que meninos apresentam estatura elevada, desenvolvimento do tecido mamário e testículos pequenos.
O médico patologista ressalta que o resultado do exame é liberado em até 20 dias úteis. “Trata-se de um teste de alta sensibilidade, com menos riscos e que gera menor ansiedade para as gestantes e mais segurança para médicos”, garante
Oliveira. (TM)