A Organização Mundial da Saúde (OMS) analisa estudo que mostra que o risco de transmissão do vírus HIV de mães contaminadas para bebês durante a amamentação, pode ser reduzido em 54%, se elas tiverem acesso a tratamento à base de três medicamentos antirretrovirais. Segundo os dados, mulheres devem receber os medicamentos durante a gravidez, o parto e todo o período de amamentação.
No Brasil, cerca de 630 mil pessoas estão contaminadas e convivem com a doença. Só em 2009, foram registrados 38.538 casos. De 1980 a 2009 houve 229.222 mortes em decorrência da doença e suas complicações.
No estudo, foram analisados os riscos de transmissão do HIV das mães para os bebês durante a gravidez e, depois, no período de amamentação. As pesquisas foram feitas em cinco regiões distintas de Burquina Fasso, do Quênia e da África do Sul sob a coordenação da OMS por meio do Departamento de Saúde Reprodutiva e Pesquisa. Com base nos dados mundiais, há 33,3 milhões de pessoas contaminadas com o vírus HIV no mundo, das quais 15,9 milhões são mulheres.
Apesar de não ter cura, a Aids não é mais uma sentença de morte. “Com o advento da terapia retroviral, o coquetel fornecido gratuitamente pelo Estado, composto por, no mínimo, três medicamentos, a qualidade de vida dos pacientes mudou completamente. A sobrevida é semelhante à população saudável. Para isso, o controle tem que ser contínuo, mas hoje os portadores de HIV morrem de outras doenças que não estão relacionadas à Aids, como doenças cardíacas”, alerta o infectologista Fernando de Freitas.