Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, defendeu, na semana passada, a cobrança de mais tributos sobre o cigarro, bebidas alcoólicas e automóveis como nova fonte de recursos para programas de saúde pública. “Eu defendo como fontes possíveis a tributação do cigarro, do álcool, de motocicletas e carros pelo impacto que causam à saúde no país”, justificou
Padilha, após inaugurar leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) em Canoas.
O ministro negou que a presidente Dilma Rousseff tenha mencionado a criação de um novo imposto para financiar a saúde. “Eu não ouvi a presidente falar sobre novo imposto. Ouvi a presidente fazer uma crítica a quem criou a CPMF [extinta Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira] e não destinou os recursos para a saúde”, disse.
Em meio às discussões sobre fontes de financiamento para a saúde, a presidente
Dilma Rousseff disse que a área necessita de mais recursos. Ela não declarou ser favorável à volta da CPMF, mas também não deixou claro se aprovaria um novo imposto para a área.
“O povo brasileiro tem essa bronca da CPMF porque disseram que era para saúde, e não foi. Agora, ninguém vai fazer a mágica de dizer que a saúde vai melhorar se não tiver mais investimentos e tem que dizer de onde sai [o investimento]”, destacou Dilma. “Não sou a favor daquela CPMF, porque ela foi desviada”, acrescentou a presidente em entrevista a rádios de Minas Gerais.
A partir de dezembro, o maço de cigarros ficará até 20% mais caro, devido a mudanças na alíquota de cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).