No dia 24 de março foi comemorado o Dia Mundial de Combate à Tuberculose. Nessa data, foi divulgado informe da Organização Mundial...
No dia 24 de março foi comemorado o Dia Mufndial de Combate à Tuberculose. Nessa data, foi divulgado informe da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostrando que o Brasil desceu duas posições no ranking dos 22 países com maior número de casos da doença, passando de 16ª (2007) para 18ª posição (2008). De acordo com dados disponibilizados pela Secretaria Municipal de Saúde, a situação da doença em Uberaba também melhorou. O número de pessoas com tuberculose na cidade passou de 90, em 2007, para 76, no ano passado, segundo os registros. Até no momento, em 2009, 15 novos casos foram identificados. Atualmente, de acordo com a referência técnica em Tuberculose da Gerência Regional de Saúde (GRS) de Uberaba, Sheila Beatriz Rezende, a tuberculose tem cura e o tratamento está disponível gratuitamente na rede de Atenção Primária. Mesmo assim, ela explica que a tuberculose é responsável pela maior quantidade de mortes decorrentes de doença infectocontagiosa entre jovens e adultos no mundo. “Essa morbidade nos remete a um cenário preocupante, com o advento do HIV e da multidrogarresistência. Atualmente, no mundo, há apenas 61% de detecção e 84,7% de cura”, informa. De acordo com a referência técnica, Minas Gerais é o 4º Estado brasileiro no ranking com maior número de registros de casos da doença. “Apesar desse dado elevado, temos menor risco de adoecimento devido à melhoria da qualidade de vida dos mineiros. A taxa de abandono ao tratamento em Minas Gerais está em 12%; a coinfecção com HIV, em 9% dos casos, e óbitos, em 4,4%, ao ano”, relata. Para a especialista, o segredo para mudar essa realidade é o fortalecimento, ainda maior, da Atenção Primária, o que diminuiria a taxa de abandono ao tratamento. Além disso, seria necessária a atuação em grupos de risco mais efetivamente, como, por exemplo, no Sistema Penitenciário, já que a tuberculose está entre as principais causas de morte em doentes portadores de HIV. “É importante fazermos um apelo a todos os profissionais de saúde. O diagnóstico precoce é a principal ferramenta para tirarmos o paciente infectado da condição de transmissor”, convoca Rezende. Patrícia Borges Dias Alexandre, referência técnica em Tuberculose da Secretaria Municipal de Saúde, explica que, se a tuberculose for bacilífera, depois de 15 dias do início do tratamento, a pessoa deixa de ser transmissora. Os primeiros sintomas são tosses contínuas por mais de três semanas, emagrecimento, febre vespertina e baixa, dor nas costas e suor noturno. A partir desses sinais, a pessoa deve procurar a rede de saúde para o tratamento, que é gratuito, com medicação garantida. Geralmente, o tratamento dura, em média, seis meses. “Para se prevenir contra as formas mais graves da doença, a pessoa deve tomar a vacina BCG”, destaca.