SAÚDE

Uberaba tem 9,6 mil diabéticos no Hiperdia

Publicado em 13/10/2009 às 11:11Atualizado em 20/12/2022 às 10:06
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Segundo dados da coordenadora do Programa Hiperdia da Secretaria de Saúde, Gabriela Vizzinotto, Uberaba tem pouco mais de 9.600 diabéticos cadastrados. Destes, 541 são diabéticos do Tipo 1 (dependentes de insulina); 1.605 têm diabetes Tipo 2, necessitando de dieta, exercícios e medicação para controlar a doença, e o restante dos doentes, são portadores de diabetes e hipertensão. Para quem está cadastrado, o acompanhamento tem dado qualidade de vida, mas há quem sofra com complicações, por falta de controle.

E não é somente quem está acima do peso que corre o risco de ter diabetes, basta manter algum fator de risco com má alimentação, presença da doença na família, ser sedentário, idade acima de 40 anos, estresse, entre outros. O desenvolvimento da doença é devagar e algumas vezes invisível: sede exagerada, fraqueza, visão borrada, aumento do apetite, mas com perda de peso, e grande vontade de urinar são alguns dos sintomas.

Segundo o endocrinologista William Pardi, a condição essencial para o controle adequado do diabetes é a dieta. Por isso, qualquer pessoa, adulto ou criança, está sujeita à doença. “Se hoje o paciente tem um tipo de alimentação, amanhã tem outra e depois outra. Como médico, não tenho parâmetros de instituir tratamento, porque a terapêutica é fixa e não pode ser mudada”. Ele explica que para isso é preciso que o doente tenha um equilíbrio alimentar constante, ou seja, 60% de carboidratos, 20% de gorduras e 20% de proteínas, além de vitaminas e sais minerais encontrados em abundância nas verduras e legumes. “Se o paciente não tiver isso como parâmetro alimentar, será enquadrado no diabético incontrolável. Neste caso não há como instituir um tratamento medicamentoso de apoio”.

Pardi destaca o que ocorre com os diabéticos em geral que não se cuidam. “Porque se é um diabético que precisa de insulina, tem que ser dada uma dose que não pode ser mudada diariamente. Por isso, o ponto de partida para o controle da doença é o balanço alimentar”, destaca o endocrinologista.

Se não tratado, o diabetes pode levar a uma série de complicações. De acordo com Pardi, essas complicações estão relacionadas às alterações vasculares que geram lesões em vários órgãos, podendo causar falência do sistema nervoso, rins, olhos, nervos, coração e vasos sanguíneos, infertilidade no homem, ou mesmo a morte.

“E não existe cura. A pessoa pode controlar, mas viverá em função dos cuidados com a doença”. Para o endocrinologista, as pessoas só procuram o médico quando sentem dor ou sintomas, mas destaca que no caso do diabetes, que pode demorar cerca de seis anos antes de demonstrar a debilidade do organismo, a prevenção é fundamental.

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