Começou ontem, na cidade de Taubaté, SP, o 4º Simpósio Internacional de Biologia do Desenvolvimento. O evento busca fortalecer o intercâmbio científico e ampliar a troca de experiências entre pesquisadores e estudantes brasileiros com as novas práticas em tendência no mundo. Para isso, promove também o 3º Encontro dos Alunos de Biologia do Desenvolvimento. O simpósio vai tratar, até amanhã, das atuais pesquisas sobre o desenvolvimento biológico de seres vivos. É o que destaca o responsável pelo Comitê Organizador do evento e professor da UFTM, Cláudio Roberto Simon. Ele explica que são estudos dos mecanismos de desenvolvimento de como um zigoto simples, que é o resultado da união entre óvulo e espermatozoide, no caso de humanos, evolui para seres mais complexos, além da relação entre evolução e desenvolvimento. “O simpósio tem como objetivo fortalecer a comunidade de biologistas do Desenvolvimento, bem como incentivar a pesquisa no Brasil”. Ao compreender a complexidade biológica, é possível avançar no tratamento de doenças degenerativas e até mesmo incuráveis, mas, para Simon, este é um campo extremamente amplo. “Buscando o entendimento de como as células tronco, que têm capacidade de se transformarem em qualquer outro tecido de forma natural, essas pesquisas servem para entender de que forma podemos utilizar isso, imitando a transformação dessas células e de embriões em termos de evolução e desenvolvimento”, destaca. É o recurso e a esperança que todos esperam para o tratamento de problemas neurológicos, cardiológicos e lesões em tecidos vitais de difícil recuperação. São esperados, ainda, para este encontro sete pesquisadores estrangeiros, como é o caso da pesquisadora Ida Chow, da Sociedade de Biologia do Desenvolvimento (SDB), dos Estados Unidos, que discutirá sobre as estratégias para a captação de recursos para pesquisa e ensino na área de biologia do desenvolvimento. Uma das grandes dificuldades que pesquisadores enfrentam é a falta de iniciativas para bancar o avanço dos estudos. O evento recebe, também, editores das principais revistas científicas do mundo. “Esta é uma oportunidade de divulgarmos nossos estudos e conseguirmos captar verbas para o avanço nas pesquisas”, completa Simon. (TM)