SAÚDE

Universitários abusam de álcool e outras drogas

O crescente consumo de substâncias psicoativas tem sido alvo de preocupação da sociedade...

Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 20/12/2022 às 14:20
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O crescente consumo de substâncias psicoativas tem sido alvo de preocupação da sociedade. Nos últimos anos, foram realizados estudos em todo o mundo para pesquisar um grupo em que o uso de álcool e drogas é maior, mais frequente e mais prejudicial: os universitários.   Pesquisas nacionais coordenadas pelo Dr. Arthur Guerra, presidente do Centro de Informação sobre Saúde e Álcool (Cisa), e estudos internacionais divulgados pelo Centro alertam para a relação perigosa entre os estudantes universitários, o álcool e as drogas.   De acordo com um estudo sobre os fatores associados ao consumo de álcool e drogas entre universitários, os autores sugerem que alunos com renda familiar alta e sem religião podem ser considerados de maior risco de consumo de drogas.   Foram estudados 926 alunos de Ciências Biológicas de uma universidade do Município de São Paulo, em 2000 e 2001. Os estudos foram feitos com base na classe social, idade e quantidade de tempo livre por dia dos jovens. Analisou-se, também, quais os tipos de drogas utilizados, se lícitas ou ilícitas, e a quantidade de consumo.   São consideradas ilícitas drogas como a maconha, alucinógenos, cocaína, crack, ecstasy e inalantes. Já os medicamentos com potencial de abuso, também estudados, são as anfetaminas, anticolinérgicos, tranquilizantes, ansiolíticos, antidistônicos, opiáceis, sedativos e anabolizantes.   Medicina. Apesar de estarem a par de todas as consequências e efeitos nocivos das substâncias psicoativas, os estudantes de medicina consomem-nas em proporção semelhante a outros jovens de mesma idade, mas que não têm conhecimentos médicos.   Uma pesquisa feita com estudantes de Medicina de Salvador, Bahia, mostra que as drogas psicoativas mais utilizadas por esses universitários sã álcool, com 92,8%, e lança-perfume, com 46,2%.   A menor média de idade para experimentação de álcool verificada foi de aproximadamente 15 anos. Na Universidade Federal do Amazonas, 87,7% dos universitários da área de saúde declararam alta frequência no uso abusivo de bebidas alcoólicas durante a vida. Entre as drogas psicotrópicas ilegais, as mais usadas pelos estudantes foram solventes (11,9 %), maconha (9,4%), anfetamínicos (9,2%), cocaína (2,1%) e alucinógenos (1,2%). Esta pesquisa foi realizada nos cursos de Farmácia, Medicina e Odontologia, da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), no período de 2002 a 2004.   Dos alunos da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Botucatu que experimentaram drogas, 60% não souberam explicar os motivos; 17% o fizeram por curiosidade, e 9%, por diversão ou prazer. Ao serem indagados sobre quem os introduziu ao uso experimental de droga, apontaram os amigos em primeiro lugar. Durante a vida, 84% dos universitários pesquisados já consumiram álcool; 33% já utilizaram tabaco;   30% experimentaram solventes; 17% usaram maconha; 3% consumiram cocaína, e 6% ingeriram anfetaminas. O uso de álcool interfere na experimentação de cigarro, assim como em sua frequência e quantidade de consumo. De acordo com pesquisa publicada pela revista científica Addictive Behaviors, entre os estudantes universitários tem sido observado um aumento da prevalência do uso de tabaco e sua associação à ingestão de álcool. Os resultados de todas as pesquisas compravam a necessidade de as universidades estabelecerem uma política clara de orientação sobre o uso de drogas e álcool para os estudantes, incluindo mudanças curriculares e programas de prevenção.

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