Uso excessivo de eletroeletrônicos pode causar lesões, afirma ortopedista

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Para evitar essas lesões, Douglas Felipe orienta a prevenção com pequenas pausas rápidas em qualquer atividade

Com a era digital, além do crescimento de smartphones – utilizados por 60,3% dos brasileiros –, aumenta a incidência de doenças ocasionadas pelo uso excessivo das mãos para digitar e segurar o telefone.

De acordo com o ortopedista Douglas Felipe de Souza, os sintomas de desconforto geralmente aparecem na região do pescoço, ombros, costas, mãos, punhos e olhos. “Geralmente, na região das mãos, punhos e cotovelos são desenvolvidos problemas como a tendinite (inflamação dos tendões) e a fadiga muscular, manifestando-se pela dor na região afetada, pela dificuldade na movimentação e pela perda da força em algumas situações (como no movimento de pinça do polegar com o dedo indicador)”, afirma.

Para evitar essas lesões, o ortopedista orienta a prevenção, com pequenas pausas rápidas em qualquer atividade em que se exerça repetitividade excessiva ou em postura inadequada por tempo prolongado. “Intervalos breves e frequentes são mais eficazes para a recuperação do que um período de descanso igual, de uma vez só. Durante as pausas, deve-se, também, fazer alongamentos para as áreas do corpo envolvidas com a atividade”, indica.

Douglas Felipe ressalta que o primeiro passo no tratamento é identificar e corrigir a causa. “As posições inadequadas na hora de digitar, por exemplo, podem ser corrigidas e, muitas vezes, é o suficiente para resolver o problema”, pontua o especialista. Ele acrescenta que quem passa muitas horas no computador deve procurar, sempre, um teclado para digitação mais ergonômico e ajustar a altura da cadeira ou a posição dos membros durante a atividade para reduzir a carga sobre as articulações e tendões.

O ortopedista considera a fisioterapia um aspecto muito importante para a reabilitação muscular e dos tendões, proporcionando fortalecimento e alongamento das estruturas. “Recomenda-se que tão logo se iniciem os sintomas, o paciente procure o médico para que seja feito o correto diagnóstico e indicadas as medidas terapêuticas necessárias”, completa.