SAÚDE

Vasectomia deixa de ser tabu entre homens

Nos últimos sete anos, as cirurgias de vasectomia aumentaram em cerca de 80% no país, o que prova que o preconceito masculino quanto ao método contraceptivo ...

Publicado em 13/12/2010 às 11:27Atualizado em 20/12/2022 às 02:41
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Nos últimos sete anos, as cirurgias de vasectomia aumentaram em cerca de 80% no país, o que prova que o preconceito masculino quanto ao método contraceptivo definitivo deixou de ser um tabu na hora do planejamento familiar. Nesse procedimento, os canais deferentes, que são os tubos que partem dos testículos e se unem ao ducto ejaculatório, canal por onde passa o esperma, são cortados e amarrados, cauterizados, ou fechados com grampos. Isso impede que o espermatozoide produzido no testículo chegue ao sêmen, impedindo a gravidez.

O urologista Alysson Roberto Junqueira Morais, membro da equipe que realiza as vasectomias através do Programa de Planejamento Familiar da Secretaria de Saúde, revela que ainda existem dúvidas que envolvem o procedimento. A primeira questão é a preocupação com relação às dores causadas pela cirurgia.

“É um procedimento simples, ambulatorial e não necessita de período de internação.

O homem recebe anestesia local, o que impede a dor. Por isso é um procedimento de baixo custo”. Nesse sentido, também é um procedimento mais seguro contra infecções, pois, ao contrário da laqueadura, em que a mulher precisa ser internada, a incisão é menor e não há contato com o ambiente hospitalar.

A vasectomia consiste em uma pequena cirurgia na altura das virilhas, onde é feita a ligadura dos canais deferentes, que levam os espermatozoides produzidos nos testículos até o pênis. Após a cirurgia, devem ser realizados exames para confirmar a ausência de espermatozoides no esperma, que ainda é produzido e ejaculado.

O urologista explica que o procedimento pode ser reversível, dependendo do sucesso na cirurgia. Contudo, é indicado que o homem só faça a vasectomia se já estiver plenamente decidido a não ter mais filhos. “É definitiva, embora em um prazo de 5 anos seja possível fazer a reversão da vasectomia. Esse é o período indicado em caso de desistência, porque quanto mais tempo passar após o procedimento, menores são as chances de sucesso”, explica Alysson Roberto.

Entre os principais mitos estão as dúvidas quanto às alterações no libido e no metabolismo do homem que passa pela cirurgia. “São mitos que os homens conservam. Na verdade, a cirurgia de vasectomia não gera impotência nem está ligada a qualquer disfunção erétil ou de produção de hormônios e muito menos engorda, como pensam alguns homens”, esclarece o urologista. Ele lembra que homens diabéticos ou que têm distúrbios de coagulação de sangue podem ter complicações, como dor, orquite – uma inflamação nos testículos e hematomas ou sangramentos. Nesses casos a cirurgia não é recomendável.

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