Vigilância Sanitária garante: micobactéria está sob controle

Dos 30 casos de infecção por micobactéria registrados em Uberaba, apenas dois ainda estão em processo de avaliação. A informação é da especialista em Saúde Pública, Maria Sandra Bastos Siqueira, que atua na Vigilância Sanitária do Estado, lotada na Gerência Regional de Saúde, em Uberaba.   De acordo com a especialista, a situação está sob controle desde a intervenção nos hospitais e, segundo ela, não foi registrado nenhum novo caso após o retorno das vídeocirurgias nos hospitais.   Apenas dois hospitais ainda não retomaram os procedimentos. Eles ainda passam por avaliação, mas o Hélio Angotti não pretende oferecer o serviço por enquanto, uma vez que o número de procedimentos realizados era pequeno.   Tanto o São Domingos quanto o São Marcos já retornaram com as cirurgias e nenhum apresentou novos problemas. Todos os casos confirmados são referentes a procedimentos cirúrgicos feitos antes das interdições cautelares. A primeira foi realizada no fim de agosto de 2008 e, desde então, com a notificação de todos os hospitais da região, houve uma melhora significativa no processo de esterilização de materiais usados em cirurgias.   De acordo com a especialista, o assunto acabou suscitando uma maior discussão em torno da questão, não só no que tange à micobactéria. “O surto levou todo o Ministério da Saúde e profissionais da área a repensar sobre o processo de esterilização”, disse Maria Sandra, lembrando a implantação do Protocolo de Reprocessamento em serviços de saúde que realizam cirurgias por vídeo, sejam procedimentos estéticos, convencionais ou técnicas invasivas.   Maria Sandra também desconhece qualquer ação judicial que tenha sido protocolada na Comarca de Uberaba em busca de indenização, contra estabelecimentos ou o Estado, por conta da infecção.   Consulta. No dia 22 de janeiro, termina a consulta pública da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), aberta para discutir novas medidas de contenção dos casos de infecção por micobactéria. Profissionais de saúde, hospitais, clínicas, segmentos envolvidos e a sociedade em geral podem contribuir. Mais informações no site www.anvisa.gov.br.