Vivenciar as próprias experiências melhora relações

De acordo com o clínico geral, homeopata e especialista em medicina chinesa, César Santiago, a imagem interna de cada pessoa é construída a partir daquilo que aconteceu a ela no momento da concepção, durante a gestação e no que se estende durante toda a vida. Sempre permeada pelas memórias ancestrais, seja de tataravós, avós e dos pais. São informações e experiências familiares que são passadas de pais para filhos.

“A terapia de constelação familiar é indicada para melhorar o relacionamento familiar, entre casais, no trabalho e com pessoas em geral. Vemos grandes resultados em pessoas deprimidas, com síndrome do pânico, com dificuldade de lidar com o dinheiro ou de engravidar e com bloqueios na área profissional ou de relacionamento”, destaca Santiago.

Uma mulher que não consegue se entregar de corpo e alma a um relacionamento pode estar repetindo experiências vivenciadas por suas antepassadas. “Pode ser uma infelicidade no amor, vivida por uma avó ou pela mãe. É “muito” para ela ser feliz no amor, por isso ela se distancia do marido. Se houve uma traição do pai em relação à mãe, que aceita a situação, a filha pode carregar o sentimento de raiva da mãe para seu próprio casamento, inconscientemente, gerando uma tensão no relacionamento, um sentimento adotado”, exemplifica o especialista.

Para evitar interiorizar situações e viver experiências da memória familiar, o médico destaca que é importante tomar o seu lugar no núcleo familiar. “A primeira coisa é obedecer a ordem do sistema, para que cada um fique no seu lugar. “Que a filha não tome as responsabilidades da avó de cuidar da mãe, porque isso a sobrecarrega. Sobrecarga que tem atuação em todos os sentidos. Se você toma a própria vida completamente, seja feita de felicidades ou infelicidades, acaba encontrando forças para realizar seus projetos. A questão é viver o amor, dentro de uma determinada ordem e vivenciar suas próprias experiências”, explica César Santiago.