Embora as aulas tenham começado oficialmente no dia 1º de fevereiro, é somente a partir de março que os estudantes começam o ano para valer. Porém, não é preciso esperar tanto tempo para observar questões sobre a saúde do seu filho. Justamente após as férias e assim que iniciam a fase escolar, algumas crianças apresentam dificuldades de visão, que podem ser facilmente detectadas por professores.
Segundo o oftalmologista pediatra Joaquim Pereira Paes, na escola é fundamental que os professores acompanhem certos comportamentos das crianças, como apertar os olhos. “Pode ficar atento que o efeito é característico de problema visual e pode significar que a criança não está enxergando o que está no quadro. Outra questão são olhos vermelhos. Se a criança não chega com os olhos vermelhos e com o tempo ganham a cor também é característico de quem está forçando”, revela.
O especialista destaca dores de cabeça, especialmente desenvolvidas durante o período na escola, como sinais de problemas na visão. “Sem ser aquela dor que a mãe manda bilhete para avisar ou que aparece quando a criança não consegue realizar uma atividade. Se a criança apresentar uma dor que surge geralmente no final do dia, pode solicitar que a mãe a leve a um oftalmologista, ao invés de só dar um analgésico”, alerta Paes.
Trocar letras como “b” por “p”, “m” por “n” ou “c” por “s” são comuns no início da fase escolar, mas, quando a criança começa a trocar letras de forma incomum, pode ser indicativas de astigmatismo. “Quando há um ‘v’, o portador de astigmatismo pode duplicar objetos, e a criança acaba vendo a letra duas vezes e a identifica como apenas um sinal, trocando por ‘w’, não é uma troca, é uma duplicação de letras”, esclarece. O oftalmologista lembra, ainda, que o astigmatismo também distorce a visão, fazendo com que a criança confunda “h” com “n”. “Se a criança é ativa, de fácil aprendizado e, de repente, começa a trocar letras, pode levá-la ao especialista”, frisa.
Outro sinal de dificuldade de visão é observado naquelas crianças que copiavam lições do quadro com agilidade e, de repente, ficam mais lentas e dispersas. “Nem sempre é falta de disciplina. Esse comportamento também pode ser sinal de dificuldade para enxergar”, afirma.