SAÚDE

Zoonoses orienta sobre controle do caramujo africano

A recomendação é fazer a coleta periódica e manual. Para isso, é importante se proteger com o uso de sacolas ...

Publicado em 24/11/2010 às 11:04Atualizado em 20/12/2022 às 03:04
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A chegada do verão traz chuvas e dias quentes, cenário em que animais peçonhentos, como cobras, lagartas, aranhas e escorpiões, saem de seus abrigos à procura de novos lugares para morar e alimento, podendo se dirigir às residências e causar acidentes. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais, a ocorrência de acidentes envolvendo esses animais tem aumentado a cada ano. Mas outro problema que deve ser considerado é o dos caramujos africanos, da espécie Achatina fúlica.

De acordo com a bióloga e especialista em saúde do Departamento de Endemias e Controle de Zoonoses de Uberaba,

Virgínia Oliveira Coelho, no Brasil não foi encontrado nenhum caso de transmissão de doenças por caramujos, mas é fundamental não entrar em contato direto com o molusco.

“A recomendação é fazer a coleta periódica e manual. Para isso, é importante se proteger com o uso de sacolas plásticas, para evitar o contato da pele. Para eliminá-los, não basta jogar no lixo. Coloque todos em um saco e esmague-os. Em seguida, ainda dentro da sacola plástica, enterre-os em um buraco com cal virgem ou sal”, explica.

Se esse trabalho de eliminação for feito regularmente e de forma correta, evita-se a volta do molusco na época seguinte, já que corta o processo de reprodução do animal. Para se ter uma ideia, o caramujo africano coloca de 300 a 400 ovos por período reprodutivo. “A única forma de combater caramujos é catando. O veneno que existe é bastante tóxico ao meio ambiente e aos moradores e acaba não compensando, pois não elimina todos os moluscos”, alerta a bióloga.

Norma Técnica do Ministério da Saúde, publicada em março de 2005, revela que o caramujo não é uma espécie com significativo perigo à saúde pública, já que possui baixo potencial de transmissão de doenças. Mesmo assim, é recomendado que seja feita a higienização de verduras, legumes e frutas e é importante realizar o trabalho de controle dos moluscos que podem causar incômodos, danificando jardins e hortas.

Como o animal se alimenta de diversas plantas, como as de jardim e hortaliças, atingindo assim desde pequenos produtores até grandes plantações. Por isso, alimentos devem ser lavados em água corrente e deixados de molho por cerca de 30 minutos em solução de hipoclorito de sódio - uma colher de água sanitária diluída em um litro de água filtrada.

As pessoas que necessitarem de mais informações sobre o controle dos caramujos ou não tiverem como enterrá-los para a eliminação podem entrar em contato com o Departamento de Zoonoses, pelos telefones: 3331-2733 e 3331-2758.

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