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Escolha de candidato a prefeito

Guido Bilharinho
Publicado em 03/10/2024 às 18:50
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Vários, geralmente, são os candidatos a prefeito. Todo eleitor, com as exceções de praxe, pretende eleger o melhor deles.

Contudo, como escolher?

Existem parâmetros para isso. É necessário conhecê-los e procurar aplicá-los à realidade.

Esses parâmetros ou critérios abrangem desde qualidades pessoais dos candidatos até suas conexões ou ligações com as administrações estaduais e federais.

Assim, entre outras possibilidades, podem ser fixados alguns requisitos básicos, indispensáveis à boa administração.

Podem-se reunir em três grupos pelo menos essas normas eleitorais avaliativas: a) qualidades pessoais; b) orientação; c) ligações estaduais e federais.

O candidato ideal será, pois, aquele que preencher todas as condições implícitas e explícitas nessas exigências.

Dadas a facilidade contemporânea de estudo, acesso à informação e possibilidade de entrosamento com as administrações superiores, é cada vez maior, notadamente das cidades médias para cima, a existência de candidatos nesses moldes.

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O candidato, antes de tudo, deve ser probo, ou seja, honesto, ter espírito público e ser motivado pelo ideal de servir à comunidade, ter competência, disposição e capacidade de trabalho para atingir essa finalidade, além de alguma experiência administrativa pública ou, pelo menos, informação sobre seu funcionamento.

Não é necessário que seja técnico em alguma área, visto que, para atendimento delas, serão convidados especialistas, mas que possua visão ampla pelo menos das implicações conjunturais que compõem ou afetam a administração municipal, melhor ainda se tiver conhecimento estrutural da sociedade.

Como se sabe, todos os candidatos têm concepções determinadas e propõem programa administrativo consentâneo com esse ideário, constituindo a orientação que presidirá sua administração, caso eleito.

Todavia, isso não basta, tanto que todos a tem. Porém, a orientação que imprimirão à sua gestão deverá ser positiva, propositiva e desenvolvimentista, ou seja, pretender, antes de tudo, o progresso do município e não apenas a manutenção do estado de coisas. O progresso se faz com atendimento e impulso às atividades produtivas do município, com ênfase especial na industrialização, ou seja, na transformação e agregação de valores às matérias-primas existentes na região, sem descurar do fluxo comercial e das atividades agropecuárias, fornecedoras, essas últimas, de produtos alta e lucrativamente industrializáveis. Sem esquecer, evidentemente, as necessidades fundamentais da comunidade, a exemplo de segurança, saúde (com ênfase na medicina preventiva), educação, abastecimento de água, saneamento básico, urbanização e transporte.

Contudo, o principal é sempre o emprego, a existência de meios de sobrevivência. A industrialização, com seu poder, meios e modos de transformar matéria-prima em produto, agregando-lhe valores, alavanca, promove e agiliza os demais segmentos produtivos, como o comércio, a agropecuária e o setor de serviços.

Existem, todavia, candidatos que representam forças conservadoras e até retrógradas, às quais não interessam a alavancagem progressista dos municípios onde se incrustam. Por constituir plataforma inconfessável, esses candidatos escondem essa orientação, disfarçando suas posições com retórica às vezes opostas a seu efetivo posicionamento.

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É indispensável, ainda, que o candidato, além de ter visão conjuntural e estrutural da realidade e firme e consciente atitude desburocratizante e simplificadora de procedimentos administrativos, possua trato ou contato com órgãos estatais e organismos de fomento pelo menos de âmbito regional e nacional, para que deles extraia suas possibilidades de financiamento.

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Por fim, como os candidatos para ser eleitos devem se submeter ao processo eleitoral, compete aos eleitores o dever e a responsabilidade de sua escolha, seguindo esses e outros critérios avaliativos, pelo que necessitam interessar-se, informar-se e acompanhar o processo eleitoral, não votando por interesse em emprego ou por mera simpatia pessoal, porque as consequências da má administração atingirão toda a sociedade, indistintamente.

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