Capa do dia 25 de julho de 1972 (Foto/Arquivo JM)
Capa do dia 7 de maio de 1981 (Foto/Arquivo JM)
Capa do dia 7 de outubro de 2002 (Foto/Arquivo JM)
Capa do dia 26 de agosto de 2006 (Foto/Arquivo JM)
Capa do dia 28 de agosto de 2020 (Foto/Arquivo JM)
Capa do dia 30 de junho de 2024 (Foto/Arquivo JM)
Nesses 53 anos de vida, o Jornal da Manhã produziu mais de 16 mil edições. Hoje, ao completar mais um ano, trazemos aqui uma seleção de fatos que marcaram a trajetória deste matutino. Cada jornalista da nossa equipe escolheu um tema para destacar.
Começamos em 25 de julho de 1.972 anunciando a vinda do então governador Rondon Pacheco a Uberaba. Eram os chamados “anos de chumbo”, ainda no auge da censura à imprensa, o que poderia intimidar aqueles que desejassem iniciar atividades na seara jornalística. Mas, com o Jornal da Manhã foi diferente. O grupo que assumiu o controle acionário do então “Correio Católico” tinha propósitos muito claros, e nessa sua primeira capa evidenciou que o Jornal da Manhã nascia ali para ser um “jornal otimista, que acredita nesta terra”. Hoje, certamente, esse slogan ganharia alguns acréscimos, ou talvez uma atualização para se adequar aos novos tempos. Afinal, com o passar dos anos, o JM se consolidou como porta-voz da comunidade, notabilizando-se pela coragem de desnudar a verdade dos fatos e assumir posições sobre os mais diversos assuntos que afetam o dia-a-dia de Uberaba, região, Estado, país, mundo! Hoje não é mais apenas um “jornal de papel”, porque a internet leva a informação para os diversos pontos do planeta Terra, alcançando uma quantidade inimaginável de pessoas. A audiência do Jornal da Manhã ganhou outra dimensão com a plataforma digital e já não se pode dizer que este é apenas “um jornal otimista que acredita nesta terra”. É um jornal que propõe a transformação e acompanha as mudanças do seu tempo, seja na sua versão online, seja nas redes sociais ou, também, nas ondas do rádio.
A história contada nas edições impressas traz à tona uma série de fatos que o Jornal da Manhã não deixou passar despercebidos dos seus leitores nessas mais de cinco décadas. Como no caso da inauguração dos primeiros conjuntos habitacionais construídos pela Cohab em Uberaba, assim como a canalização dos córregos na região central. Outro fato relevante foi a inauguração do maior complexo de fertilizantes fosfatos da América Latina, que trouxe o então presidente da República João Batista Figueiredo à cidade. Em outra oportunidade, registrou na capa o momento histórico em que Figueiredo e Tancredo Neves caminharam lado a lado no Parque Fernando Costa em dia de inauguração da Expozebu. Anos depois, o JM viria a registrar a morte de Tancredo numa capa memorável, que trouxe em sua manchete: “Brasil chora o presidente da esperança”. A comoção dos brasileiros com a morte trágica de Ayrton Senna, o grande ídolo das pistas e das manhãs de domingo na TV. No esporte, a alegria do conquista da Copa do Mundo pela Seleção brasileira cedeu ao lamento pela partida do médium Chico Xavier, na mesma data. Na capa da edição, a imagem do capitão Cafu beijando a taça dividiu espaço com o adeus de Chico. Foi, sem dúvida, uma capa inesquecível pela sensibilidade do editor.
Nessa edição especial que marca o aniversário do JM, falamos sobre episódios lamentáveis da nossa história, como o vergonhoso “escândalo da Amgra”, desnudando um gigantesco esquema de desvio de recursos públicos na associação que congregava municípios do Vale do Rio Grande, capitaneados por Uberaba, e que levou o prefeito da época a ser afastado do cargo e condenado a 10 anos de prisão. Falamos também sobre a precariedade das instalações do antigo CAM, hoje UPA São Benedito, onde até urubus foram flagrados em fotos. Surtos de doenças, epidemias, pandemia, mortes provocadas por gripe suína, dengue, Covid também ganharam manchetes. Crimes chocantes, como o assalto praticado por uma numerosa quadrilha à agência do Banco do Brasil em plena avenida Leopoldino de Oliveira, enchentes assustadoras, descarrilamento de composição ferroviária que contaminou o Córrego da Alegria e comprometeu o abastecimento de água à população; a cratera gigantesca que “engoliu” carro na principal avenida da cidade; o enfrentamento corajoso à proposta de construção de uma penitenciária federal em Uberaba e por aí afora. Em quantas frentes de batalhas o JM esteve presente e atuante!
Mais recentemente, o JM registrou fatos que ficarão para sempre na memória dos bairristas, como a chancela da Unesco ao Geoparque Terra de Gigantes, a inauguração da maior cervejaria do Grupo Petrópolis em solo uberabense e da Zona de Processamento de Exportações, com seu primeiro investimento internacional já assegurado. A reabertura do Memorial Chico Xavier, a conquista da Univerdecidade, a fabricação do primeiro ferro elétrico pela Black&Decker (passando a limpo a diversificação do parque industrial de Uberaba), e muitos mais...
Testemunhar a história e reportar os fatos aos leitores tem sido nossa missão e dela nos desincumbimos com máxima responsabilidade e compromisso com a cidade, há 53 anos.