EXPORTAÇÃO

ABCZ defende revisão de protocolo de exportação de carne para China

Caso de vaca louca registrado no Pará fez com que a China suspendesse a importação de carne do Brasil

Tito Teixeira
Publicado em 24/02/2023 às 20:14
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Caso de vaca louca registrado no Pará fez com que a China suspendesse a importação de carne do Brasil (Foto/Reprodução)

A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) manifestou apoio à Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) quanto ao pedido de revisão do protocolo de exportação de carne bovina para a China.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou na quarta-feira (22) que está adotando todas as providências necessárias após a confirmação de um caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), popularmente conhecida como doença da vaca louca.

O animal – um macho de 9 anos – era criado em pasto, sem ração. Segundo o Mapa, ele foi abatido e sua carcaça incinerada no local, uma pequena propriedade no município de Marabá (PA).

Em sua manifestação, a ABCZ ressaltou que recebeu com cautela a confirmação do caso suspeito de vaca louca, no sudeste do Pará, onde, segundo a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), 160 cabeças estão isoladas numa pequena propriedade que já foi inspecionada e interditada preventivamente.

Seguindo o protocolo sanitário oficial, as exportações de carne bovina para a China foram temporariamente suspensas. No entanto, o diálogo com as autoridades está sendo intensificado para demonstrar todas as informações e o pronto restabelecimento do comércio da carne brasileira.

As exportações totais de carne bovina em janeiro cresceram 7% na receita e 17% no volume (somando carne in natura + carne processada), em relação a janeiro de 2022, alcançando US$851,2 milhões e 183.817 toneladas.

As importações da China representaram 57% deste volume, com receita de US$485,3 milhões e 100.164 toneladas adquiridas.

A diretoria da ABCZ avalia que o Brasil, país continental, precisa de protocolos eficientes e mais inteligentes para se proteger comercialmente. “Um caso pontual de qualquer doença tem que ser investigado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, mas não pode travar a exportação de plantas de outras regiões de um território tão grande quanto o Brasil”, diz Gabriel Garcia Cid, presidente da ABCZ.

A ABCZ destacou ainda que respeita a indicação dos protocolos orientados pelas autoridades sanitárias brasileiras e se coloca à disposição para informar os pecuaristas de todo o país sobre manejos seguros, mas reforça a necessidade de revisão dos acordos bilaterais para evitar a suspensão de exportações. 

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