SAÚDE

Adesão de meninos à vacina do HPV em Uberaba é baixa, mesmo diante do risco de doenças graves

Enquanto cobertura entre meninas passa de 77% em Uberaba, entre meninos o índice é de apenas 66,9%, segundo o Ministério da Saúde

Joanna Prata
Publicado em 17/10/2025 às 10:36
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A adesão de meninos à vacinação contra o HPV ainda é um desafio em Uberaba. Enquanto a cobertura entre meninas de 9 a 14 anos chega a 77,81%, no caso dos meninos da mesma faixa etária o índice é bem menor: 66,99%, conforme dados do Ministério da Saúde referentes a 2025. A diferença preocupa as autoridades de saúde, já que o vírus também afeta homens e pode causar diferentes tipos de câncer e verrugas genitais. 

De acordo com a coordenadora da Central de Vacinas de Uberaba, Priscila Amaral, a resistência entre o público masculino é evidente e persiste ao longo dos anos. “Com os meninos é uma tragédia, viu? Desde muito novos, não estão querendo se proteger. Isso é um problema muito grande”, afirmou. Segundo ela, enquanto a cobertura vacinal feminina se aproxima dos 76%, a masculina mal passa dos 60% em várias faixas etárias.   

Para tentar reverter esse cenário, a Secretaria Municipal de Saúde por meio da Central de Vacinas está intensificando a imunização nas escolas, com ações voltadas a alcançar adolescentes e ampliar a cobertura. A vacinação contra o HPV está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) para adolescentes de 9 a 14 anos e, até dezembro de 2025, para jovens de 15 a 19 anos que ainda não receberam a dose. Pessoas que fazem parte de grupos de risco, como transplantados e portadores de HIV/Aids, também podem ser vacinadas até os 45 anos.   

O HPV (Papilomavírus humano) é uma infecção sexualmente transmissível que pode causar verrugas genitais e vários tipos de câncer, como de colo do útero, de garganta, de ânus e de pênis. A transmissão ocorre principalmente pelo contato sexual, mesmo quando não há sinais visíveis da doença, o que reforça a importância da vacinação como forma de prevenção.   

Segundo especialistas, a proteção conferida pela vacina é mais eficaz quando aplicada antes do início da vida sexual. Além disso, a imunização dos meninos contribui para reduzir a circulação do vírus e proteger também as meninas. A meta do Ministério da Saúde é alcançar cobertura vacinal mínima de 90% entre adolescentes, índice ainda distante da realidade em Uberaba.

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