PREOCUPANTE

Mais de 600 casos de dengue em jovens: baixa adesão à vacina acende alerta em Uberaba

Joanna Prata
Publicado em 19/10/2025 às 15:04Atualizado em 19/10/2025 às 15:04
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Até o momento, 3.535 adolescentes receberam a primeira dose (cobertura de 16,9%), enquanto apenas 2.713 completaram o esquema vacinal (13%) (Foto/Divulgação)

Até o momento, 3.535 adolescentes receberam a primeira dose (cobertura de 16,9%), enquanto apenas 2.713 completaram o esquema vacinal (13%) (Foto/Divulgação)

A baixa adesão dos adolescentes à vacinação contra a dengue em Uberaba preocupa as autoridades de saúde, principalmente no retorno para a segunda dose — essencial para garantir a imunização completa.

Segundo dados do Ministério da Saúde, até o momento, 3.535 adolescentes receberam a primeira dose (cobertura de 16,9%), enquanto apenas 2.713 completaram o esquema vacinal (13%). Isso significa que 23,2% não retornaram para a segunda aplicação, mesmo diante da alta circulação do vírus e do aumento de casos na faixa etária contemplada.  

De acordo com o Censo 2022 do IBGE, Uberaba possui 20.830 adolescentes entre 10 e 14 anos — público-alvo da campanha de vacinação contra a dengue. O número de vacinados, portanto, está bem abaixo do esperado para atingir a cobertura ideal. A baixa procura preocupa ainda mais porque os jovens estão entre os mais afetados pela doença: dados da Secretaria de Estado de Saúde indicam 623 casos confirmados de dengue entre 10 e 19 anos em 2025, além de três mortes registradas de crianças e adolescentes desde o início do ano.  

A coordenadora da Central de Vacinas de Uberaba, Priscila Amaral, reforça que a volta das chuvas intensifica o alerta. “Agora as chuvas voltaram, jajá o mosquito está proliferando de novo. A gente fica super preocupado porque os adolescentes não estão voltando principalmente para completar o esquema vacinal com as duas doses. É importante que os pais levem seus filhos o quanto antes para garantir essa proteção”, destacou.  

Além do impacto na saúde, a baixa adesão representa desperdício de recursos públicos. “As pessoas não veem o preço do que é gasto com elas no SUS e acabam não dando o valor necessário. São doses caras — na rede privada custam até R$800. O investimento é muito alto e é fundamental valorizar isso”, reforçou Priscila. Segundo ela, o Ministério da Saúde e o Governo de Minas têm feito esforços para garantir a oferta das vacinas, inclusive com compra emergencial de imunizantes e ampliação de estratégias como o Vacimóvel, que leva a vacinação a regiões de difícil acesso. 

Como parte dessa política, a Secretaria de Estado de Saúde destinou R$ 210,7 milhões ao Programa Mineiro de Imunizações, visando ampliar a cobertura vacinal, inclusive contra a dengue. Em Uberaba, ações extras nos fins de semana e a estrutura de vacinação itinerante têm buscado facilitar o acesso, mas a participação da população segue aquém do necessário.  

Autoridades reforçam que completar as duas doses é fundamental para garantir a eficácia da vacina e reduzir o número de casos graves e internações. O alerta é especialmente importante neste período, quando o calor e as chuvas favorecem a proliferação do mosquito transmissor. 

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