Até agosto o município acumulou R$ 1.207.301.342,18 em arrecadação do imposto (Foto/Divulgação)
Uberaba aparece como a oitava cidade mineira que mais arrecadou ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) em 2025. Até agosto, o município acumulou R$ 1.207.301.342,18 em arrecadação do imposto, conforme dados da Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais (SEF/MG). O valor reforça o protagonismo econômico de Uberaba no cenário estadual.
O ranking de arrecadação do ICMS em Minas Gerais é liderado por Belo Horizonte. Veja a arrecadação:
Belo Horizonte: R$ 7.412.334.701,48
Betim: R$ 7.368.244.133,77
Uberlândia: R$ 3.865.895.164,78
Contagem: R$ 3.115.073.959,73
Extrema: R$ 2.076.842.960,23
Varginha: R$ 1.254.131.702,69
Pouso Alegre: R$ 1.245.177.693,91
Uberaba: R$ 1.207.301.342,18
Sete Lagoas: R$ 1.011.194.428,67
Juiz de Fora: R$ 653.737.430,46
Apesar da expressiva arrecadação, apenas uma parte desse montante retorna diretamente para os cofres municipais. De acordo com a legislação vigente, o Governo de Minas repassa 25% da arrecadação do ICMS aos municípios, conforme cálculo feito pela Fundação João Pinheiro (FJP). Esses valores são transferidos mensalmente, de acordo com o índice de participação de cada cidade.
Até agosto de 2025, Uberaba recebeu uma transferência bruta de ICMS de R$ 332,10 milhões. Após deduções por compensações financeiras administrativas e judiciais, no valor de R$ 242.158,39, a transferência bruta efetivada ficou em R$ 331,86 milhões. Desse total, R$ 66,37 milhões foram destinados ao Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), conforme determina a legislação, resultando em uma transferência líquida de R$ 265,49 milhões para a cidade.
A arrecadação de tributos no estado de Minas Gerais tem crescido de forma acelerada em 2025. Segundo o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), os mineiros já desembolsaram mais de R$ 226 bilhões em impostos, taxas e contribuições neste ano — cerca de 7% da arrecadação total do país, que ultrapassou os R$ 3 trilhões. A marca foi atingida 26 dias antes do que em 2024, demonstrando ritmo mais intenso de arrecadação.
Esse avanço tem como causas principais a retomada da atividade econômica, a revisão de alíquotas e o fim de desonerações fiscais que estavam em vigor em anos anteriores. Minas Gerais, junto com São Paulo e Rio de Janeiro, permanece entre os maiores arrecadadores de ICMS e royalties da mineração do país, consolidando-se como peça-chave no equilíbrio das contas públicas brasileiras.