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Milton Nascimento e a demência de corpos de Lewy: neurologista explica sintomas e cuidados

Joanna Prata
Publicado em 19/10/2025 às 14:56
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O diagnóstico precoce é essencial para garantir melhor qualidade de vida ao paciente e mais tempo de autonomia. (Foto/Divulgação)

O diagnóstico precoce é essencial para garantir melhor qualidade de vida ao paciente e mais tempo de autonomia. (Foto/Divulgação)

O recente diagnóstico de demência de corpos de Lewy no cantor e compositor Milton Nascimento, trouxe visibilidade a uma doença que, embora ainda pouco conhecida do grande público, é a segunda causa mais frequente de demência no mundo, atrás apenas do Alzheimer. A médica neurologista Camila Batalha explica que os primeiros sinais costumam ser sutis e, muitas vezes, confundidos com outras condições neurológicas. “Os sintomas iniciais costumam envolver alucinações visuais e manifestações motoras semelhantes às do Parkinson”, afirma.  

Segundo a especialista, o diagnóstico precoce é essencial para garantir melhor qualidade de vida ao paciente e mais tempo de autonomia. A evolução da doença pode variar bastante — de dois a até 20 anos — e, por isso, identificar sinais de alerta ajuda a planejar os cuidados e o acompanhamento adequado. Entre as mudanças que familiares devem observar estão repetição de falas, irritabilidade, isolamento social, alterações no sono e esquecimentos de tarefas básicas do dia a dia.  

Camila Batalha reforça que a demência impacta não apenas a pessoa diagnosticada, mas toda a estrutura familiar. “É uma doença que exige atenção constante. O paciente passa a precisar de ajuda com alimentação, hidratação e higiene. A rotina estruturada, com estímulos cognitivos e atividades simples, ajuda muito”, afirma.  

O tratamento, segundo a médica, não tem caráter curativo, mas busca retardar a progressão da doença e preservar funções cognitivas e motoras pelo maior tempo possível. O acompanhamento envolve equipe multidisciplinar e uso de medicamentos específicos, além de intervenções não farmacológicas.  

Outro ponto que preocupa os especialistas é a mudança no comportamento social e cognitivo das novas gerações. A neurologista lembra que a dependência excessiva de tecnologias reduz estímulos mentais importantes. “Antigamente, as pessoas memorizavam números, trajetos, faziam contas de cabeça. Hoje, a tecnologia substitui muitas dessas funções, e isso pode ter efeitos no envelhecimento cerebral”, alerta. 

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