O período das chuvas, que começa geralmente em novembro e segue até o mês de janeiro, e o calor típico do verão afetam alguns hábitos dos animais no Bosque Jacarandá.
De acordo com o biólogo e coordenador do local, Paulo César Franco, apesar de a alimentação ser mantida normalmente, quando os dias são mais quentes são feitos esguichos de água para aliviar o calor dos animais.
Paulo César explica que os animais do bosque recebem suas refeições uma vez por dia, podendo ser frutas, verduras e carnes, dependendo das características de cada um. O horário da alimentação também depende se os hábitos dos animais são noturnos ou diurnos.
“Quando temos vários dias de calor seguidos, sem previsão de chuva, além de fazermos os esguichos, oferecemos também picolés aos animais para amenizar o calor”, explica. Os picolés podem ser de frutas ou de carne.
Paulo César afirma que, além de diminuir o calor, o picolé acaba também reduzindo o estresse dos animais. “Nessa época fazemos ainda o enriquecimento ambiental, no qual embrulhamos os alimentos em um papel e escondemos para os animais acharem pelos seus olfatos. Esse trabalho ajuda muito a diminuir a agitação e a não acabar com seus instintos”, explica.
A jiboia em especial, que no inverno recebe alimentação de 15 em 15 dias, no verão é alimentada semanalmente. O biólogo explica que como a temperatura corporal desta cobra varia de acordo com a temperatura ambiental, no calor o metabolismo dela é mais acelerado e, portanto, necessita de comida em intervalos menores. O alimento se constitui de presas vivas. “A jiboia não causa problemas para nós e, além disso, ela ainda controla os roedores”, ressalta.
De acordo com o coordenador do Bosque Jacarandá, todos os animais possuem abrigos e quando sentem-se expostos às chuvas, a tendência é de que fiquem em suas tocas e áreas cobertas. Paulo César lembra ainda que os animais são monitorados diariamente e caso seja percebido algum sinal de inquietação, são tomadas as medidas necessárias para amenizar tal comportamento.