ATRASO

Aparelho em manutenção adia exame no Hospital Hélio Angotti

Paciente que realiza acompanhamento pós-câncer de mama se queixa do adiamento sem data de exame de cintilografia

Daniela Miranda
Publicado em 11/05/2023 às 19:35Atualizado em 12/05/2023 às 05:58
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Paciente em acompanhamento pós-câncer de mama denunciou ao Jornal da Manhã o cancelamento do seu exame no Hospital Hélio Angotti sob a alegação de que um aparelho está danificado. Segundo a mulher, ao questionar sobre nova data para a realização do exame, (Foto/Divulgação)

Paciente em acompanhamento pós-câncer de mama denunciou ao Jornal da Manhã o cancelamento do seu exame no Hospital Hélio Angotti sob a alegação de que um aparelho está danificado. Segundo a mulher, ao questionar sobre nova data para a realização do exame, foi informada que não havia previsão. Procurado, o Hospital Hélio Angotti explicou que há dois equipamentos para a realização do exame e um deles passa por manutenção. O outro está em funcionamento, segundo a instituição, mas prioriza pacientes em fase de diagnóstico.

A paciente relatou que realiza anualmente o exame de cintilografia óssea, desde 2019, com o objetivo de detectar a presença de células cancerígenas originadas da mama que possam ter se espalhado para os ossos. Esse exame é de grande importância para o acompanhamento de pacientes que já tiveram câncer, pois pode identificar precocemente a recorrência da doença ou o surgimento de novos tumores.

A mulher é atendida pelo Hospital Hélio Angotti por meio de plano de saúde particular e havia agendado o exame com antecedência para essa quinta-feira. No entanto, momentos antes do horário marcado, a paciente recebeu uma ligação informando o cancelamento, sendo avisada, ainda, que um dos dois aparelhos destinados ao procedimento estava com defeito e o outro, que estava em funcionamento, tinha restrição de peso. A paciente estranhou a questão do peso, pois nas quatro vezes anteriores em que realizou o mesmo exame no Hélio Angotti seu peso nunca havia sido considerado. Além disso, ao perguntar sobre uma nova data para o exame, foi informada que não havia previsão.

Ao Jornal da Manhã, o Hospital Hélio Angotti esclareceu que possui dois aparelhos de cintilografia óssea, estando um em pleno funcionamento e o outro em manutenção, aguardando a chegada de uma peça. “Os equipamentos não estão danificados, porém, toda e qualquer máquina em funcionamento é passível de quebra de peças. Os mesmos têm manutenção preventiva a cada 3 meses. Reafirmo que apenas um aparelho está parado, o outro continua funcionando. O técnico já realizou o laudo e estamos aguardando a chegada da peça, a qual já foi solicitada”, explicou a assessoria de imprensa da instituição.

Além disso, o hospital informou que está ampliando os horários de atendimento, com procedimentos sendo realizados pela manhã e à tarde e também aos sábados. Foi criado um turno extra no período noturno, visando atender o maior número possível de pacientes. Ressaltando que este exame (cintilografia) é realizado tanto para diagnóstico como para acompanhamento pós-tratamento, como é o caso da paciente citada. Para não atrasar inícios de tratamentos, o hospital tem priorizado os exames de diagnóstico e remanejado os demais. Sobre o não agendamento de outra data, o Hélio Angotti informa que analisa criteriosamente caso a caso para identificar as prioridades e faz um segundo contato chamando as pessoas para atendimento. “Possivelmente, essa paciente deve ser atendida ainda esta semana”, declarou, em nota.

O Hospital Hélio Angotti assegura que os pacientes que dependem da cintilografia para início de tratamento continuam sendo atendidos, sem prejuízo algum, nos períodos da manhã, da tarde e da noite. A instituição ainda nega prejuízo aos pacientes em acompanhamento, uma vez que o tratamento já foi realizado. “No que se refere à dinâmica de atendimento, sempre prioriza os pacientes em início de tratamento e os casos mais urgentes, criando mais um turno de atendimento (noite) e estendendo o atendimento aos sábados”, pondera.

Em relação ao questionamento sobre o peso da paciente, o hospital explicou que a pergunta é uma prática comum e que o equipamento possui duas mesas, uma com limite de peso de 85kg e outra de 120kg. “O cancelamento do exame não estava relacionado ao peso da paciente, mas sim à priorização dos pacientes em fase de diagnóstico”, explica a instituição.

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