SAÚDE

Após mais de 10 anos sem registros, Uberaba confirma caso de coqueluche em 2025

Minas Gerais lidera número de casos de coqueluche no país em 2025; o caso em Uberaba foi registrado em bebê com menos de um ano

Joanna Prata
Publicado em 16/12/2025 às 18:02
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Minas Gerais lidera número de casos de coqueluche no país em 2025; caso em Uberaba foi registrado em bebê com menos de um ano (Foto/Reprodução/Imagem ilustrativa)

Após mais de uma década sem registros, Uberaba voltou a confirmar um caso de coqueluche em abril de 2025, segundo dados do Ministério da Saúde. O município não contabilizava ocorrências da doença desde 2014, o que torna o novo registro um alerta para as autoridades de saúde. O cenário local se insere em um contexto mais amplo: Minas Gerais lidera o número de casos de coqueluche no país em 2025, concentrando a maior incidência nacional.   

Conforme informações do Ministério da Saúde, em 2025 Uberaba confirmou um caso da doença em um bebê com menos de um ano de idade, do sexo masculino. No mesmo período, foram notificados cinco casos suspeitos, sendo quatro descartados após investigação. Em 2024, ainda segundo os dados ministeriais, não houve casos confirmados no município, e os quatro registros suspeitos daquele ano também foram descartados.

Em âmbito estadual, Minas Gerais ocupa a primeira posição no ranking nacional de casos de coqueluche em 2025. Até o dia 3 de dezembro, o estado somava 528 registros, o que representa, em média, um novo caso a cada 16 horas. A coqueluche, também conhecida como tosse comprida, é uma infecção respiratória altamente contagiosa, caracterizada por crises intensas de tosse seca, que podem provocar vômitos e extremo cansaço, sendo especialmente perigosa para bebês.   

No Brasil, a proteção contra a coqueluche é garantida principalmente por duas vacinas: a pentavalente e a DTP. A pentavalente é aplicada pelo SUS em três doses, aos 2, 4 e 6 meses de idade, protegendo contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções por Haemophilus influenzae tipo b. Após o esquema básico, a criança deve receber reforços com a vacina DTP, que protege contra difteria, tétano e coqueluche, sendo aplicada aos 15 meses e aos 4 anos de idade. Esse esquema é fundamental para manter a imunidade ao longo da infância e reduzir o risco de circulação da bactéria na população.   

Paralelamente ao retorno da doença, os índices de vacinação mostram queda. Dados da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) apontam que, em Uberaba, a cobertura da vacina pentavalente caiu de 88,49% em 2024 para 81,59% em 2025, considerando o período de janeiro a setembro. No estado, a redução também é significativa: a cobertura passou de 93,48% em 2024 para 86,5% em 2025, conforme a SES-MG.   

Os dados da SES-MG também revelam queda nos reforços da vacina DTP. Em Uberaba, a cobertura do primeiro reforço, aplicado aos 15 meses, foi de 83,8% em 2025, percentual semelhante ao de 2024, que ficou em 83%. Já o segundo reforço, indicado aos 4 anos de idade, apresentou queda mais acentuada, passando de 76,32% em 2024 para 66,81% em 2025.

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